Ferreira, que fez carreira no setor privado e foi indicado para assumir o comando da elétrica em junho de 2016, ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, permanecerá na função até 5 de março, visando ajudar na transição para um sucessor ainda a ser indicado.
Ele foi mantido no cargo na transição para a administração de Jair Bolsonaro, sob expectativas de que liderasse a continuidade de planos para a privatização da companhia.
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Mas a saída do executivo, que antes da Eletrobras presidiu por 18 anos a CPFL Energia (SA:CPFE3), vem após poucos avanços na desestatização. Um projeto de lei nesse sentido encaminhado pelo Ministério de Minas e Energia do atual governo ao Congresso no final de 2019 sequer teve relator definido até o momento.
Em nota a clientes, a corretora XP Investimentos disse que a permanência de Ferreira no cargo estava atrelada ao andamento da desetatização e destacou que sua saída “ocorre em meio à sinalização dos principais candidatos à presidência da Câmara e do Senado de que a privatização da estatal não é prioridade”.
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O candidato da gestão Bolsonaro à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada que a privatização da Eletrobras não seria uma prioridade.
Também na semana passada, a candidata do MDB à chefia do Senado, Simone Tebet, disse que seria difícil saber neste momento se o projeto de desestatização seria aprovado em 2021.
As declarações dos políticos derrubaram as ações da Eletrobras, que acumulam desvalorização de cerca de 15% neste ano.
A coluna do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo afirma que Ferreira deve assumir a presidência da BR Distribuidora (SA:BRDT3). Procurada, a BR disse que não comentaria. Não foi possível contato imediato com o executivo para comentários.
No comunicado sobre a mudança na administração, a Eletrobras destacou que “atingiu lucros históricos” sob a gestão Ferreira, que apostou inicialmente em cortes de investimentos e vendas de ativos para reduzir a alavancagem da estatal e recuperar os resultados.
Ele assumiu a empresa depois que medidas do governo federal para reduzir as tarifas de energia a partir de 2012 haviam levado a Eletrobras a acumular mais de 30 bilhões de prejuízos até 2015.
A companhia voltou ao positivo ainda em 2016 e registrou em 2018 o maior lucro em duas décadas, de 13,3 bilhões de reais, após ter se livrado ao longo daquele ano de uma série de distribuidoras de energia deficitárias nas regiões Norte e Nordeste, que foram privatizadas.
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Ferreira também promoveu programas de demissão voluntária que reduziram significativamente o quadro da estatal, responsável por cerca de um terço da capacidade de geração e metade das redes de transmissão do país, visando reduzir custos e gerar ganhos de eficiência.
A Eletrobras destacou que ele também padronizou estatutos sociais das companhias do grupo e simplificou sua estrutura, com a venda, incorporação e encerramento de participações em empresas, além de ter atuado por um acordo nos Estados Unidos que encerrou ações contra a estatal relacionadas a achados da Operação Lava Jato.
Antes de deixar o posto, Ferreira também ensaiou um retorno da Eletrobras a novos investimentos– subsidiárias da empresa chegaram a fazer propostas para arrematar projetos em um leilão de concessões para novos empreendimentos de transmissão de energia realizado pelo governo em dezembro, embora sem sucesso.
Por Luciano Costa/ Investing
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