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A enfermidade pode, ainda, ser dividida em dois grupos: a clínica, afecção que gera alterações visuais no aspecto do leite, e subclínica, caracterizada pela ausência de alterações visíveis no leite, no úbere ou nos parâmetros clínicos da vaca. Ambas oneram o pecuarista com compra de medicamentos para tratamento, descarte de leite, gastos com mão de obra, descarte precoce, manutenção de animais em tratamento e redução da produtividade.
Para a VetBR, os cuidados com os animais são indispensáveis para o aumento de produtividade do rebanho e a rentabilidade da propriedade. Pensando nisso, a empresa listou as principais informações sobre mastite clínica e subclínica para ajudar o pecuarista a identificar os sintomas das variações da doença, além de dicas de tratamento.
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Mastite clínica
Sintomas: Alterações visuais no aspecto do leite (grumos, sangue, leite aquoso), modificações de origem inflamatória no quarto mamário (edema, vermelhidão e quarto mamário dolorido). Em casos mais severos, pode haver redução no consumo alimentar e queda brusca de produção, além de apatia.
Como identificar: a doença pode ser detectada através do teste da caneca de fundo telado, que é a forma mais simples e eficaz para identificação da anormalidade. O responsável deve retirar os três primeiros jatos e observar o aspecto do leite.
Tratamento: a manifestação da mastite clínica pode ser subdividida em três graus. O grau 1 é a forma mais leve, que consiste na alteração apenas do leite — o tratamento pode ser feito através de antibióticos intramamários. Já o grau 2 está relacionado a uma gravidade moderada, quando além de alterações no aspecto do leite, há também acometimento da glândula mamária (edema, dor, calor, vermelhidão) — nesse caso, deve-se adicionar anti-inflamatório parenteral, junto com antibióticos intramamários.
O grau 3 é o mais severo: é considerado uma emergência veterinária, uma vez que a vaca pode vir a óbito em poucas horas. Isto acontece quando a mastite é ocasionada por cepas de bactérias mais patogênicas, capazes de invadir a circulação e causar quadros de intensa apatia, queda brusca na produção, febre e letargia. O tratamento envolve o uso de antibióticos parenterais, além dos intramamários e antiinflamatório. Além disso, é fundamental que se faça terapia suporte com soros orais e intravenosos.
OBS.: É importante ressaltar que a indicação de tratamentos com antibióticos imediatamente após a detecção da mastite clínica, é válida para aquelas fazendas em que não são realizadas culturas microbiológicas com resultado rápido. Isto porque determinados grupos de agentes possuem elevada taxa de cura espontânea, não sendo necessário o uso de antibióticos.
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Mastite subclínica
Sintomas: ausência de alterações visíveis no leite, no úbere e nos parâmetros clínicos da vaca, mas ocorrem modificações na composição e aumento na contagem de células somáticas (CCS) do leite, que se apresenta acima de 200.000 células/ml. Não é possível detectar a olho nu, já que a variação da doença tem caráter silencioso.
Como identificar: é possível fazer o diagnóstico na própria fazenda por meio do California Mastitis Test (CMT), também conhecido como teste da raquete, ou através do envio de amostras de leite em laboratórios, onde é feita a contagem eletrônica de células somáticas por mililitro de leite.
Tratamento: A indicação de tratamento para os casos de mastite subclínica é realizada somente após detecção do agente causador por meio da cultura microbiológica daqueles animais que apresentam contagem elevada de células somáticas. Especialistas indicam a necessidade de se fazer linha de ordenha. Os animais que apresentarem os indicadores de CCS mais elevados devem ser colocados por último na linha de ordenha, e a secagem do teto deve ser antecipada. Mas há indicação para tratamento, se for detectada a presença da bactéria Streptococcus agalactiae no animal. Nesse caso, serão necessários outros cuidados indicados pelo médico veterinário da propriedade, já que a bactéria tem caráter contagioso e todo o rebanho deverá ser tratado.
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