“A gente já tem uma flecha enfiada no peito destes boiadeiros”, comemora o vereador autor de Lei que impede transporte de carga viva em Santos, sancionada na última quinta-feira(19).
Em 26 de março deste ano, a Câmara de Vereadores de Santos aprovou por unanimidade o PLC 007/2018, um projeto de lei complementar que proíbe o transporte de animais no município de Santos, litoral de São Paulo.
O projeto, de autoria do vereador Benedito Furtado (Facebook), coloca como exceções animais domésticos, animais usados pela Polícia Militar e aqueles que precisam de tratamento médico. Mas a cidade não vai mais permitir o trânsito de carretas carregadas de bois em direção ao Porto de Santos.
Segundo Furtado, a nova regra em Santos é pioneira e abre um precedente importante para que se possa proibir a prática de exportação de animais vivos em outros locais do Brasil. “É claro que com muita luta, mas a gente já tem na realidade um flecha enfiada no peito destes boiadeiros“, comenta (trecho do vídeo, aos 7’14”).
Veja a apresentação completa deste projeto de lei, durante a sessão ordinária da câmara dos vereadores de Santos, que contou com a presença de grupos de ativistas veganos.
Os embarques de bois e outros animais vivos para serem mortos em outros países continuam autorizados no Brasil inteiro, menos em Santos, que tem o maior porto da América Latina.
A reunião que aprovou a nova lei na Câmara dos Vereadores teve um momento engraçado, onde o vereador Rui De Rosis, achou muito oportuno fazer uma piada com a questão. Ele perguntou ao autor do projeto quando seria marcado um churrasco para comemorar a nova lei.
Apesar da polêmica, o clima é de comemoração por essa grande conquista.
Veja o pronunciamento do Vereador Benedito Furtado, publicado em sua página no Facebook:
O Vídeo acima foi publicado neste link: https://www.facebook.com/vereadorbeneditofurtado/videos/vb.690041340/10156191764191341
Dia 19/04/2018 – Sancionada Lei que proíbe transporte de carga viva em Santos
O prefeito de Santos, SP, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) sancionou lei que proíbe o transporte de carga viva nas “áreas urbanas e de expansão urbana” do município. A medida foi publicada no Diário Oficial da cidade nesta quinta-feira, 19. O projeto, de autoria do vereador Benedito Furtado (PSB), permite, porém, a condução de animais domésticos, como gatos e cachorros, de uso terapêutico, para práticas de atividades esportivas e que passarão por tratamento em hospitais veterinários.
Quando o trânsito pelas áreas urbanas e de extensão urbana envolver animais portadores de doenças ou ferimentos graves, estes deverão ser submetidos a um exame da Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida) para seguir na rota.
Em nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para suspender a lei, que alega ser inconstitucional. “A cidade paulista tem o maior porto do país, responsável por boa parte das exportações de gado vivo para outros países. Mas a proibição do trânsito nas vias urbanas e de extensão urbana do município deve afetar o acesso aos terminais portuários de Santos, o que pode resultar na redução do escoamento da produção”.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em março o Brasil exportou 45.200 cabeças de bovinos vivos, com faturamento total de US$ 34,5 milhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, a quantidade e o faturamento foram 19,3% e 25,5% maiores, respectivamente. A Turquia foi o maior mercado, com compra de 33.000 animais.
Por: Vicente Delgado – AGRONEWS, com informações da Agência Brasil.
Abril: como será o clima no Brasil? A previsão do tempo indica chuvas concentradas no…
No mercado do boi, arroba da vaca gorda esboça recuperação em março, mas segue pressionada…
Poder de compra do avicultor bate recorde em relação ao farelo de soja, apesar da…
Salas de banho, conforto térmico e bem-estar animal são alguns dos segredos para produção de…
A GreenLight Biosciences, empresa de biotecnologia pioneira em soluções baseadas em RNA para a agricultura,…
Áreas mais críticas são o Pantanal, o Brasil Central e partes de MG, SP e…
This website uses cookies.