Veja os números relativos ao abate de frangos de acordo com IBGE e APINCO

No abate brasileiro de frangos, comparar o número de cabeças abatidas divulgado trimestralmente pelo IBGE com aqueles propostos a partir do levantamento mensal da APINCO sempre leva a resultados inconsistentes. Porque, por exemplo (e levando em conta apenas os dados dos últimos 12 meses), o volume do IBGE pode corresponder desde 89,6% até 99,6% do total extraído dos números da APINCO – uma diferença de 10 pontos percentuais que não pode ser ignorada.

Siga-nos: Facebook | Instagram | Youtube

No entanto, os dois números são coerentes entre si. E as diferenças observadas inteiramente justificáveis.

Os abates que têm como fonte a APINCO são projetados pelo AviSite a partir do alojamento de pintos de corte, dado informado pela entidade dos produtores do setor. A projeção tem como parâmetros dois indicadores fixos: viabilidade média de 96% dos pintos alojados; e abate aos 42 dias de idade.

Já os números do IBGE correspondem aos abates de fato. Portanto, abrangem diferentes níveis de mortalidade e, sobretudo, diferentes idades de abate. E aqui, aparentemente, é que começam a surgir as maiores diferenças.

Leia Cachorro de fazenda: conheça 6 raças ideais

Elas, entretanto, praticamente desaparecem ao comparar-se os dois dados sob o prisma da média trimestral móvel. Pois, então, os abates do IBGE correspondem, na média, a 94% dos abates da APINCO, com variações máximas de 2,2 e 1,4 pontos percentuais abaixo e acima dessa média.

A esta altura cabe perguntar por que o percentual do IBGE não chega a 100%. Porque, em essência, seus números contemplam apenas os abates inspecionados (em nível federal, estadual ou municipal). E ainda há muito frango abatido sem inspeção no País (neste caso, o volume suposto corresponde a 6% da produção nacional).

Na prática, porém, esse índice pode ser ainda maior. É que nos abates do IBGE estão inclusos não apenas os frangos provenientes diretamente da produção de pintos de corte, mas também reprodutoras (machos e fêmeas) e poedeiras descartadas.

E como todos, indistintamente, se transformam em carne de frango após o abate, parece estar claro, também, que a produção brasileira é ainda maior que aquela sugerida a partir dos levantamentos da APINCO, restritos apenas aos pintos de corte.

Por Avisite

AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz

Share
Published by
Dany Balieiro

Recent Posts

  • Notícias

Líder global em RNA para agricultura, GreenLight Biosciences chega ao Brasil

A GreenLight Biosciences, empresa de biotecnologia pioneira em soluções baseadas em RNA para a agricultura,…

8 horas ago
  • Notícias
  • Previsão do tempo

Previsão do tempo: chuvas do verão não foram suficientes para repor o estoque de água no solo

Áreas mais críticas são o Pantanal, o Brasil Central e partes de MG, SP e…

12 horas ago
  • Curiosidades
  • Notícias

Bacalhau NÃO É um tipo de peixe! O que é então?

Essa revelação vai mudar a sua Páscoa! Se você sempre acreditou que bacalhau é apenas…

12 horas ago
  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Mercado do boi interno opera em faixa estreita, enquanto frigoríficos mantêm escalas enxutas

Preço da arroba do boi gordo segue estável em março, com resistência dos pecuaristas e…

13 horas ago
  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Mercado do suíno enfrenta queda nos preços pelo 3º mês consecutivos

Preços do suíno seguem em queda, confira a seguir O mercado suinícola segue enfrentando um…

16 horas ago
  • Notícias
  • Previsão do tempo

Previsão do tempo: temporais deixam o Rio Grande do Sul em alerta

Acumulados de chuva podem chegar a 100 mm até amanhã (28) O estado do Rio…

16 horas ago