Por Giovanni Lorenzon – AGRONEWS®
A soja teve uma pequena valorização na semana que passou em Chicago, mas terminou que no mercado interno os preços seguem caindo, como esta coluna já destacou.
E o cenário não mostra mudanças, pelo menos na abertura da nova semana.
As cotações no mercado futuro na bolsa americana tendem a andar de lado – inclusive está em leve baixa nesta segunda (28), no começo da manhã -, e seguirão pressionadas no mercado doméstico.
O dólar caiu mais na sexta, a R$ 4,75, e desvia cada vez mais compras para a soja americana, por parte dos chineses. Por sinal, também lentas, daí que Chicago na avança acima dos US$ 17 o bushel.
Como a soja brasileira ficou mais cara, na relação cambial de troca de mais dólares por menos reais, a safra demora para ser escoada.
Com isso, os prêmios nos portos estão em queda.
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Na semana passada, tinha saca do grão a R$ 180, com perda de mais de R$ 20 frente a semanas anteriores.
E a situação não é das melhores para os próximos tempos.
Os compradores sabem que há uma pressão adicional sobre os produtores brasileiros.
Há necessidade de capitalização, porque a decisão de compras de insumos para a safra 22/23 já está até atrasada. E, como sabemos, os fertilizantes estão pela hora da morte, além do que os defensivos seguem o ritmo de volatilidade do petróleo – volatilidade sempre no tento, diga-se.
Desse modo, em algum momento os produtores terão que ceder mais do que já estão cedendo.
Ao mesmo tempo, outra coisa bastante clara para o mercado internacional que em no máximo 4 a 5 semanas a soja vai ter que começar a dar lugar para o milho nos armazéns.
O Brasil, como de reconhece, não tem capacidade de armazenagem nem de uma safra, imagine de duas, ou seja, soja e depois milho.
Esse viés de necessidade de venda também é fator adicional para segurar os preços em Chicago e manter pressionado os no Brasil.
Como os chineses vinham dosando bastante suas aquisições, o nível de estoques de soja dos Estados Unidos ainda suporta mais um bom tempinho as compras dos asiáticos.
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Digo isso porque se a oleaginosa americana estivesse rareando, os compradores teriam que se deslocar imediatamente para o Brasil, e anularia todas as variáveis de baixa que apontamos acima.
Mas, não.
Por enquanto, o nível de fornecimento do Tio Sam está controlado.
E, ainda, as intenções do próximo plantio no Hemisfério Norte já deverão entrar cada vez mais nos preços.
Daí que é preciso o produtor estudar bem sua situação particular, controlar as vendas, buscar hedge (que, aliás, já está até meio tarde já), entre outras movimentações.
E isso que nem abordamos diretamente todo nervosismo que ainda não cessou com a guerra da Ucrânia.
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