Vacinação é importante para manter rebanho livre da febre aftosa

Enquanto a febre aftosa ainda não está totalmente erradicada na América do Sul, é extremamente importante os pecuaristas de Mato Grosso continuarem cumprindo o calendário de vacinação contra a doença.

A segunda etapa da campanha de vacinação deste ano já começou e vai até o dia 30 de novembro. Até lá, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea–MT) espera que cerca de 28,5 milhões de bovinos e bubalinos sejam vacinados. A campanha tem o objetivo de imunizar todo o rebanho mato-grossense de mamando a caducando.

Após a vacinação, o produtor tem até o dia 10 de dezembro para comunicar a imunização do rebanho junto aos escritórios locais Indea–MT. A única exceção é para as propriedades localizadas no baixo pantanal que têm até 15 de dezembro para fazer a comunicação.

O gestor do Núcleo Técnico da Famato Guto Zanata ressalta que o produtor mato-grossense está ciente do seu dever. “Todos os anos mais de 99% do rebanho é imunizado, isso mostra que o produtor sabe da importância da prevenção”.

Quem não respeitar o calendário de vacinação poderá ser penalizado com o pagamento de multas, cujos valores podem chegar a 2,25 Unidade de Padrão Fiscal (UPF) por cabeça não vacinada, o equivalente a R$ 263,40.

A febre aftosa é uma doença viral que prejudica a produção de mamíferos herbívoros com cascos, os animais ungulados. Sua incidência representa veto a mercados importantes e, consequentemente, prejuízos econômicos para o setor, por isso a importância de proteger o rebanho da doença.

Futuro – Manter o rebanho bovino sem registros de febre aftosa é um dos passos para Mato Grosso alcançar o status de livre da doença sem vacinação – uma discussão que vem ganhando força entre os países da América do Sul. “Em Mato Grosso estamos há mais de 18 anos sem registrar nenhum caso de aftosa no estado e somos reconhecidos como zona livre da doença com vacinação. Essa consolidação é importante para chegarmos a um patamar ainda maior: retirar a vacinação no futuro”, explica Zanata.

Segundo Zanata, uma das vantagens da retirada da vacinação é conquistar outros mercados consumidores, com rigorosas exigências sanitárias como a Austrália e o Japão, contribuindo para aumentar a receita e o volume das exportações. “No mês passado, o assunto foi amplamente discutido em Cuiabá durante a reunião extraordinária da Comissão Sulamericana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa). Os 13 países membros da comissão estão trabalhando juntos para alcançar esse status, o que é extremamente importante para Mato Grosso, já que temos uma área extensa de fronteira”, acrescenta o gestor.

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Vicente Delgado

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