Enquanto a quaresma aquece a demanda, produtores do Paraná enfrentam excesso de oferta e pressionam as cotações para baixo, contrastando com alta expressiva nos Grandes Lagos e em outras localidades estratégicas para a produção de tilápia nacional.
O mercado da tilápia no Brasil, uma das proteínas aquáticas mais populares nas mesas do país, segue em rota de volatilidade, revelando comportamentos divergentes entre as regiões produtoras. Na virada de março, enquanto algumas áreas experimentaram fôlego renovado nos preços, impulsionadas por um avanço notável na procura durante o período da quaresma, outras ainda sentem o peso de uma oferta volumosa que insiste em pressionar os valores para baixo.
No estado do Paraná, por exemplo, a situação é emblemática. Considerado o epicentro da produção nacional, o estado vive um momento de sobrecarga nos estoques. No Oeste paranaense, as cotações da tilápia viva ou no gelo recuaram 2,7% em comparação com fevereiro, atingindo a média de R$ 7,46 por quilo. Já na porção Norte do estado, o cenário não foi diferente: os preços caíram 2,4%, chegando a R$ 8,61/kg. Segundo relatos de produtores locais, a alta disponibilidade de peixes prontos para o abate tem superado a capacidade de absorção do mercado, mesmo diante da melhora na demanda.

Produtores paulistas e sul-mato-grossenses se beneficiam de maior equilíbrio entre oferta e procura, garantindo valorização do pescado e perspectivas mais otimistas para os próximos meses.
Em contraste à realidade paranaense, a região dos Grandes Lagos, que abrange o noroeste do estado de São Paulo e faz divisa com o Mato Grosso do Sul, comemorou uma recuperação expressiva nos preços durante o mês de março. A média de comercialização alcançou R$ 7,79 por quilo, representando um avanço de 3,5% em relação ao mês anterior. Este aumento foi impulsionado por uma combinação saudável de fatores: além do consumo típico da Quaresma, que tradicionalmente eleva a demanda por peixes, os produtores da região demonstraram maior controle sobre os volumes ofertados, evitando excessos que possam impactar negativamente as negociações.
Especialistas do setor apontam que o equilíbrio entre oferta e demanda é fundamental para manter a sustentabilidade da tilapicultura. O desempenho positivo dos Grandes Lagos serve como exemplo para outras áreas produtoras, reforçando a importância de estratégias comerciais bem alinhadas com o comportamento do mercado consumidor, especialmente em períodos sazonais como este.
Com a aproximação do outono e o encerramento do ciclo de maior consumo religioso, o desafio dos produtores será manter os preços em patamares atrativos, enquanto a oferta precisa ser ajustada para evitar novas pressões de baixa. A expectativa é que o cenário se estabilize nos próximos meses, com oportunidades para ganhos consistentes, especialmente se as exportações se mantiverem aquecidas e o consumo interno continuar firme.
Enquanto a Quaresma aquece a demanda, produtores do Paraná enfrentam excesso de oferta e pressionam as cotações para baixo, contrastando com alta expressiva nos Grandes Lagos e em outras localidades estratégicas para a tilapicultura nacional.
O mercado da tilápia no Brasil, uma das proteínas aquáticas mais populares nas mesas do país, segue em rota de volatilidade, revelando comportamentos divergentes conforme a região produtora. Na virada de março, enquanto algumas áreas experimentaram fôlego renovado nos preços, impulsionadas por um avanço notável na procura durante o período da Quaresma, outras ainda sentem o peso de uma oferta volumosa que insiste em pressionar os valores para baixo. Clique aqui e acompanhe o mercado financeiro.
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