Item que tratava sobre as exportações retirado do relatório, acabaria com imunidade tributária prevista em constituição desde 1988, o que representaria uma majoração nos impostos sobre diversos setores, provocando grandes perdas econômicas.
Articulador do Destaque Nº 142, o último a ser apreciado na Comissão Especial da Reforma da Previdência, o deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) afirmou nesta sexta-feira (5) que a oposição e parte da imprensa têm reagido de forma equivocada à retirada deste item do relatório de Samuel Moreira (PSDB-SP).
“Precisamos acabar com essa confusão. A derrubada da cobrança de Funrural sobre as exportações não pode entrar nessa conta da nova Previdência. O que estava sendo feito era acabar com uma imunidade tributária. Na prática, a proposta do governo estava aumentando a carga tributária. E nós impedimos a criação de mais impostos sobre diversos setores exportadores, não só o agronegócio”, explicou Jerônimo.
Sob este ponto de vista, o parlamentar entende que o governo deixou de se apropriar de R$ 83 bilhões da renda dos setores produtivos ao longo dos próximos dez anos. “Esse custo adicional para quem exporta seria repassado diretamente ao produtor rural. Isso é totalmente contraditório num momento em que se discute o acordo comercial Mercosul-União Europeia”, criticou Jerônimo.
Aprovado por 23 votos a 19, o destaque também excluiu o trecho que impediria a remissão do passivo do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural). As negociações com o Ministério da Economia já estão avançadas e a solução para o impasse consta no Projeto de Lei 9252/2017, de autoria do deputado Jerônimo Goergen.
Na avaliação do diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Lopes de Albuquerque, a aprovação do Destaque Nº 142 representa um aspecto fundamental para a manutenção da competitividade das exportações agrícolas. “Esse fator vai nos permitir continuar contribuindo cada vez mais para o crescimento da economia do país”, destacou o dirigente.
Segundo análise de Jeferson Rocha, diretor jurídico da Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra (ANDATERRA), para este governo que tem como premissas o liberalismo, simplificação dos processos e redução de impostos, seria um contra-senso a majoração da carga tributária com a taxação das exportações.”A questão do Funrural nas exportações, é uma imunidade tributária que está na constituição, para tornar o país mais competitivo lá fora. Então desde 1988, nenhuma contribuição incide sobre as exportações, e o que pretendia o texto era criar uma exceção e fazer com que, no caso das exportações do agro, fossem tributadas com contribuições substitutivas, mas nós intervimos nisso com o apoio do Deputado Jerônimo Goergen e acabou afastando esta injustiça, este erro, essa majoração da carga tributária que aconteceria, se não fosse a intervenção do Deputado Jerônimo.”, explica Jeferson.
“Nós precisamos nos manter mobilizados para acompanhar de perto a votação no plenário da Reforma Previdenciária, para que a trava do Funrural e essa taxação das exportações não voltem ao texto. O Texto tem que permanecer como está. A forma com que ele foi votado na Comissão Especial é forma como ele tem que ser mantido no Plenário, atendendo ao corte de gastos que o governo tem que fazer, sem majorar tributos, sem aumentar impostos, sem passar a conta para o setor produtivo, para o setor da iniciativa privada. A Reforma Tributária, é mais do que nunca, de corte de despesas, de corte de gastos, de corte de privilégios e não de majoração de tributos”, afirma Jeferson Rocha.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta segunda-feira (8), ao portal G1, que o plenário da Câmara dos Deputados deve apreciar o mesmo texto da reforma da Previdência aprovado em comissão especial na semana passada, sem alterações.
“A tendência hoje é esta, o que tinha espaço para ser modificado, perdeu o timing. Mas, Brasília, é aquela história: é como nuvem, quando você olha está de um jeito. Olha de novo, mudou“, brincou o ministro.
O ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro determinou que os ministros que são deputados federais se licenciem dos cargos a partir desta terça-feira (9) para reforçar a votação na Câmara.
Onyx é um deles, além de Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Tereza Cristina (Agricultura) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo).
Por: Vicente Delgado – AGRONEWS BRASIL, com informações da Assessoria do Deputado Jerônimo Goergem.
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