Produtores do mundo todo, se reúnem na China para ampliação de suas vendas
O presidente da Aprosoja-MT, Endrigo Dalcin, está junto a outros produtores mundiais de soja participando de reuniões e encontros na China, como forma de estreitar relações e buscar uma ampliação do mercado com o país asiático. A missão também envolve representantes dos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Paraguai e Uruguai, que se reúnem duas vezes por ano para discutir demanda, tecnologia e outros assuntos pertinenses à qualidade e ao comércio internacional.
De acordo com Dalcin, as reuniões vêm sendo bastante proveitosas. A delegação teve a oportunidade de participar de uma aula de mestrado em Comércio Exterior na Universidade de Agricultura da China para mostrar dados da produção brasileira e matogrossense de soja, além de reuniões para pedir serenidade em aprovações no que diz respeito às novas biotecnologias, as quais o país ainda demonstra certa resistência em aprovar rapidamente. Nesta terça-feira (28), haverá ainda uma reunião com o Ministro da Agricultura da China sobre este assunto, que é freado por discussões internas do país sobre o consumo direto de transgênicos.
Com isso, os representantes brasileiros fazem um trabalho no sentido de mostrar que essa produção é segura e que seu consumo, consequentemente, também. No momento, o Brasil não pode misturar em seus embarques um tipo de soja que não esteja liberada na China, pois pode haver o argumento de os importadores devolverem a carga.
Nas três reuniões realizadas em compradores como a Sinograin, a Cofco e no Grupo de Política Agrícola da China, todos foram unânimes em dizer que a demanda é crescente e que, até 2020, a China deve comprar até 100 milhões de toneladas anuais de soja. No ano passado, foram 83 milhões de toneladas compradas e, neste ano, o número deve passar para 88 milhões de toneladas.
A situação em relação à carne brasileira não esteve presente nas reuniões. Mas a qualidade ainda é uma grande dúvida dos chineses, que têm notado que o teor de proteína tem caído nos principais países – sobretudo, Estados Unidos e Canadá. Para o Brasil, a reclamação se deu quanto ao teor de umidade presente na soja, que é permitido pela legislação brasileira.
O presidente também aproveita para lembrar do programa Soja Livre, da Aprosoja-MT, que visa fomentar, divulgar e incentivar produtores a continuarem no cultivo da soja convencional, focado em manter 15% de soja convencional no estado do Mato Grosso. Toda a produção interna chinesa é de soja convencional, mas a média de produtividade é de apenas 30 sacas por hectare. Logo, se a China não conseguir atender sua demanda, poderá vir a buscar essa soja de outros produtores.
Em seguida, a missão irá partir para a Índia. Com uma grande população, o país está em constante crescimento e, consequentemente, sua demanda por alimentos também.
Mercado
Em questão de preços, Dalcin diz que a demanda está aquecida, logo, os produtores devem torcer por uma questão climática para tirar a pressão. Os Estados Unidos entrarão com o forte do plantio em maio e isso deve ser acompanhado, já que as oscilações serão importantes para criar momentos de venda. Ainda falta 39% da soja a ser vendida no estado.
O melhor momento para a comercialização, segundo o presidente, já passou. Os preços líquidos estão em torno de R$53,50, o que gera uma receita menor do que no ano passado. Assim, uma boa safra é ofuscada pela queda brusca dos preços.
Abril: como será o clima no Brasil? A previsão do tempo indica chuvas concentradas no…
No mercado do boi, arroba da vaca gorda esboça recuperação em março, mas segue pressionada…
Poder de compra do avicultor bate recorde em relação ao farelo de soja, apesar da…
Salas de banho, conforto térmico e bem-estar animal são alguns dos segredos para produção de…
A GreenLight Biosciences, empresa de biotecnologia pioneira em soluções baseadas em RNA para a agricultura,…
Áreas mais críticas são o Pantanal, o Brasil Central e partes de MG, SP e…
This website uses cookies.