Soja: Inicia junho com leves altas em Chicago mantendo foco na China

Após as baixas registradas na sessão anterior, os preços da soja voltam a subir na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (1). As cotações trabalhavam com altas de pouco mais de 4 pontos, por volta de 8h15 (horário de Brasília), com o mercado se ajustando para começar junho, neste primeiro pregão do novo mês, segundo explicam analistas internacionais

Apesar desse ajuste e desses ganhos técnicos, o mercado continua atento às negociações entre China e Estados Unidos, bem como a possibilidade de algum progresso entre as conversas que impactam os acordos comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Até que novidades efetivas partam desse quadro, o caminhar dos preços na CBOT deverá ser limitado.

“Apesar do recente cenário otimista criado com promessas de acordos bilaterais que intensificariam o comércio direto entre os estadunidenses e os chineses, a Administração de Trump voltou a ameaçar a imposição tarifária sobre produtos de importação da China, cujo foi um dos estopins para tal embate. Em contrapartida, o Governo chinês retoma o seu posicionamento de retaliação caso qualquer tarifa seja implantada em suas exportações. O Mercado carece de confirmações para adicionar ou retirar o peso deste fator na equação dos preços”, dizem os analistas da AgResource Mercosul.

O outro fator que direciona o andamento dos futuros da oleaginosa é o clima no Meio-Oeste americano. Ainda como explica a consultoria americana, as novas lavouras norte-americanas se mostram com bom desenvolvimento, o plantio caminha bem nessa temporada e, até esse momento, não há grandes ameaças.

” No entanto, a chegada de temperaturas mais quentes sobre o Centro-Oeste do país na próxima semana, preocupa os produtores desta região”, informa o boletim da ARC.

Ainda nesta quinta, o mercado se atenta também aos números das vendas semanais norte-americanas para exportação que serão divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As expectativas são de 300 mil a 600 mil toneladas para a safra velha e de 350 mil a 750 mil toneladas para a nova.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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Vicente Delgado

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