Soja: demanda em alta sobe preços, confira!

Soja atinge recordes de preços em 2024, veja mais informações a seguir

O mercado de soja atravessa um momento de alta, refletindo o aumento na demanda pelo grão, especialmente pelas indústrias esmagadoras. Esse cenário tem feito com que os preços internos subam semana a semana, resultando nos maiores patamares registrados neste ano. A procura aquecida pelo grão é um dos principais fatores para as cotações em alta, que, por sua vez, também têm sido impulsionadas pela resistência dos produtores em comercializar grandes volumes no mercado spot.

O comportamento retraído dos sojicultores é estratégico: muitos preferem manter o foco na próxima safra, de 2024/25, cujo plantio segue em um ritmo mais lento do que o esperado. As condições de campo, somadas ao calendário agrícola, mostram que a cautela no avanço da nova temporada é uma realidade em várias regiões. Esta postura menos acelerada dos produtores ao negociar grãos da safra anterior também contribui para a manutenção dos preços em alta.

Além da pressão da demanda, a relutância dos produtores em liberar grandes volumes da colheita passada é uma resposta direta ao foco nas atividades da safra 2024/25. O plantio da nova safra tem enfrentado alguns desafios climáticos, que tornam o avanço mais contido em comparação aos anos anteriores. Esse compasso mais lento no campo não só afeta o volume disponível no mercado, mas também gera expectativa para a oferta futura, que ainda é incerta.

Os indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná refletem essa dinâmica e já operam em recordes nominais para 2024. Essa alta nos indicadores sinaliza que a soja se mantém como um dos ativos mais valorizados no agronegócio brasileiro, sustentada pela oferta controlada e pela demanda interna, especialmente do setor de esmagamento, que busca garantir estoque diante das incertezas do cenário agrícola.

O cenário de valorização da soja no Brasil pode se prolongar nos próximos meses, especialmente se o ritmo de plantio da safra 2024/25 continuar lento e a demanda das indústrias permanecer firme. Com os preços em alta, produtores adotam uma estratégia cautelosa, analisando o cenário para decidir o momento ideal de negociação, fator que pode reforçar ainda mais a valorização dos preços no mercado interno.

Para o agronegócio brasileiro, a soja continua sendo um dos principais ativos de exportação e, ao mesmo tempo, um recurso estratégico para o mercado interno, com impacto direto na economia e nos preços de diversos subprodutos. Analistas mantêm o foco no desenvolvimento da safra atual e nos possíveis ajustes de mercado que podem ocorrer, dependendo das condições climáticas e da evolução da demanda global.

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Dany Balieiro

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