Redução de ICMS em Santa Catarina preocupa suinocultores de Minas Gerais

Os suinocultores de Minas Gerais estão apreensivos com a decisão do governo de Santa Catarina, que reduziu em 50% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na saída interestadual de suínos vivos. O receio é que ocorra grande entrada do produto no mercado mineiro, o que provocaria quedas substanciais nos preços pagos aos suinocultores.

Com prejuízos acumulados desde o ano passado – em função dos custos elevados – a expectativa dos suinocultores mineiros é recuperar parte dessas perdas ao longo do segundo semestre, quando o mercado se torna mais favorável para o setor, o que pode ser frustrado.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Penna, todo o plano de recuperação dos prejuízos pode ser prejudicado com o ingresso do suíno de Santa Catarina no mercado de Minas. A Asemg buscará apoio junto à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e à Frente Parlamentar da Suinocultura Mineira para negociar com o governo estadual alguma barreira para o ingresso dos suínos provenientes de Santa Catarina.

“Vivemos um momento de muita apreensão. Agora que começamos a recuperar os prejuízos gerados em 2016 e início de 2017, vem essa decisão do governo de Santa Catarina, que pode prejudicar ainda mais a produção mineira de suínos. Vamos buscar apoio e reivindicar que o governo de Minas Gerais estabeleça alguma barreira para esta concorrência desleal. Esperamos que o governo de Minas Gerais, ao contrário dos anos anteriores, quando a prática também ocorreu, tome alguma providência, como, por exemplo, tributar a entrada dos suínos”, disse Cardoso Penna.

Santa Catarina é o maior produtor de suínos do Brasil e, segundo Cardoso Penna, possui um dos custos mais baixos, uma vez que as produções de milho e de soja são abundantes e estão próximas às áreas de criação. “Estamos entre os quatro maiores produtores de suínos do País e o maior consumidor da carne suína. O ingresso de animais provenientes de outros estados pode provocar um desequilíbrio entre a oferta e a demanda e acarretar em prejuízos para o setor”, disse Cardoso Penna.

Fonte: Acrismat

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Vicente Delgado

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