No Brasil, no século XVI viviam mais de três milhões de índios. Hoje, são menos de 900 mil, sendo 67 mil da etnia guarani (FUNAI, 2015; IBGE, 2010).
O Projeto Ar, Água e Terra: Vida e Cultura Guarani, realizado com nove aldeias guarani no Rio Grande do Sul, com o patrocínio da PETROBRAS, através do Programa Petrobras Socioambiental, promove o intercâmbio de saberes, sementes e mudas entre as aldeias; educação ambiental; restauração de áreas degradadas e produção de alimentos. A iniciativa prioriza o plantio de espécies vegetais ameaçadas de extinção e endêmicas, em áreas “chaves”, primordiais para a conservação.
Sempre respeitando as tradições, o tempo, os ciclos da natureza, o gênero, os dons e aptidões pessoais, de forma multi e interdisciplinar e cultural, o projeto desenvolve com as aldeias guarani ações de recuperação e de conservação ambiental, bem como de reconversão produtiva, visando a segurança alimentar e a gestão sustentável dos territórios indígenas. Periodicamente, acontecem também encontros, reuniões, oficinas, trilhas e viveirismo.
Em sua terceira fase, o Projeto é realizado com nove aldeias guarani em oito municípios do território gaúcho. As principais são: Teko’a Anhetengua (Aldeia da Verdade), em Porto Alegre; Teko’a Nhuu Porã (Aldeia Campo Bonito, Campo Molhado), em Caraá, Maquiné e Riozinho; Teko’a Ka’aguy Pau (Aldeia Vale das Matas), em Caraá e Maquine; Teko’a Kuaray Rese (Aldeia Sol Nascente), em Osório; Teko’a Nhuu Porã (Aldeia Campo Bonito), em Torres; Teko’a Yriapu (Aldeia Som do Mar), em Palmares do Sul; e Teko’a Nhuundy (Aldeia do Campo Aberto, Capinzal), em Viamão.
Realizado por uma equipe indígena/não-indígena e coordenado por um cacique guarani, José Cirilo, e pela especialista em gestão ambiental e bióloga, Denise Wolf, o Projeto abrange uma área de mais de três mil hectares de biodiversidade da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos/Pampas.
Com resultados muito significativos, o Projeto Ar, Água e Terra: Vida e Cultura Guarani alcançou marcas que revelam o sucesso da iniciativa e do trabalho de total comprometimento:
Conforme explica a coordenadora, os guarani são os protagonistas. “Eles apresentam suas demandas e propõem atividades, métodos e soluções. Assim, o projeto se fundamenta no respeito e na valorização da bela cultura Guarani”, enfatiza Denise. Ela comenta ainda que os saberes indígenas e a relação sustentável com a natureza são fundamentais ao planeta e à sociedade, porém pouco valorizados. “Por isso, a divulgação à sociedade do que fazemos e o comprometimento de toda a equipe, integrada por indígenas e não indígenas, são essenciais para que sigamos adiante. Somente desta forma conseguiremos atingir resultados ainda maiores no que se refere às ações as quais nos propomos, visando a gestão sustentável do ambiente e a valorização dos saberes indígenas, partindo do respeito às especificidades, da relação com a natureza, da segurança alimentar…”, sentencia.
Nas áreas de reconversão produtiva, na forma de roças tradicionais, são consorciadas espécies como batata-doce, mandioca, milho, feijão, abóbora, melancia, palmeiras e frutíferas nativas. As sementes seculares são conservadas pelos próprios indígenas e adquiridas e intercambiadas entre as aldeias, com apoio do Projeto. Os guarani também estão trabalhando temas como etnomapeamento, gestão territorial, compostagem, reciclagem e adubação verde.
Acesse as redes sociais do Projeto:
www.projeto.iecam.org.br
facebook.com/ProjetoArAguaETerra/
Por: Andréa da Silva Spalding – Assessoria
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