Produção mundial de milho avança puxada por EUA, Brasil e Argentina, sinalizando uma safra mais robusta para o ciclo 2025/26
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou a primeira estimativa global de oferta e demanda de milho para a temporada 2025/26, revelando um cenário de crescimento na produção mundial do grão.
A expectativa é de que a oferta global atinja 1,74 bilhão de toneladas, um aumento de 1,10% em relação à estimativa anterior para a safra 2024/25. Esse avanço é sustentado principalmente pela elevação na produção dos principais players do mercado: Estados Unidos, Brasil e Argentina.
Os norte-americanos devem registrar uma expansão de 6,41% na produção, enquanto os brasileiros e argentinos terão alta de 0,77% e 6,00%, respectivamente. Essa recuperação produtiva é vista como uma resposta às melhores condições climáticas, ao avanço tecnológico no campo e às expectativas de maior rentabilidade. Ainda assim, o mercado segue atento à dinâmica entre oferta e demanda, que pode manter a pressão sobre os estoques globais.
Em um movimento que contradiz parte das expectativas do mercado, os contratos futuros de milho negociados na bolsa de Chicago (CME-Group) encerraram o dia 13 de maio com retrações, mesmo diante da redução nos estoques finais previstos para a safra 25/26. Os contratos com vencimento em julho de 2025 registraram queda de 0,97%, enquanto os papéis para julho de 2026 recuaram 1,23%.
A movimentação negativa nos preços, apesar da perspectiva de estoques mais apertados, pode ser atribuída a uma série de fatores. Entre eles, o otimismo dos investidores com a melhora na produção global e a possível desaceleração momentânea da demanda por biocombustíveis diante das incertezas econômicas globais.
Além disso, o mercado financeiro segue atento às sinalizações do Federal Reserve sobre juros e ao comportamento do dólar, elementos que influenciam diretamente os preços das commodities agrícolas. O cenário reforça a complexidade do equilíbrio entre oferta, demanda e precificação em um mercado globalizado e cada vez mais interconectado. Clique aqui e acompanhe diariamente o agro.
Mercado Financeiro
- Acréscimo: o prêmio portuário de Santos apresentou aumento de 6,55% no comparativo semanal, sendo cotado na média de US$ 0,75/bu;
- Queda: a paridade de exportação para jul/25 apresentou queda de 1,75% frente à última semana, motivado pela desvalorização do milho em Chicago;
- Encurtamento: o diferencial de base entre MT e Chicago se aproximou, 92,05% ante a semana passada, refletindo a desvalorização do milho em Mato Grosso.

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