As atividades de campo continuam em pleno desenvolvimento, com a colheita da segunda safra e a semeadura da safra verão ganhando ritmo em várias regiões do país. Apesar do avanço nas atividades agrícolas, a comercialização do milho permanece lenta. Os compradores estão priorizando o uso de estoques previamente negociados como estratégia diante das incertezas do mercado.
Os preços do milho têm comportamentos divergentes nas diferentes regiões do Brasil, criando cenários complexos para produtores e compradores. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou as primeiras estimativas para a safra 2023/24, trazendo importantes insights para o setor.
A temporada agrícola no Brasil está em pleno movimento, com a colheita da segunda safra e a semeadura da safra verão avançando em grande parte das regiões do país. No entanto, um cenário complexo se desenha no mercado de milho, onde a comercialização permanece em ritmo lento. Os compradores estão optando por utilizar os estoques previamente negociados, demonstrando cautela em um momento de incertezas.
Nas praças produtoras da segunda safra e em áreas com estoques elevados, os valores do milho têm registrado quedas significativas. Esse movimento é influenciado por fatores como a oferta abundante e a pressão dos produtores em busca de liquidez. Por outro lado, nas regiões consumidoras e aquelas que dependem exclusivamente da safra verão, as cotações estão em ascensão, impulsionadas pela escassez do produto.
A Conab lançou luz sobre o panorama do milho na safra 2023/24, revelando números importantes para o setor. A projeção da área total cultivada aponta uma queda de 4,76% em comparação com a safra anterior, totalizando 21,21 milhões de hectares. Essa redução está diretamente relacionada à desvalorização dos preços do cereal no mercado interno e externo, o que afeta a rentabilidade dos produtores e desmotiva o aumento da área plantada.
Vale destacar que as áreas da segunda safra, que representam 77,14% do total, também devem sofrer uma redução de 4,78%. Quanto à produtividade, a Companhia estima uma média de 94,18 sacas por hectare, o que representa uma retração de 4,58% devido à previsão do fenômeno El Niño para a temporada. Com uma menor área plantada e uma queda na produtividade, a produção brasileira de milho é projetada em 119,84 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 9,12% em relação ao ciclo anterior.
Esse cenário de redução na oferta já se reflete no mercado do milho. No dia subsequente à divulgação dos números da Conab, o preço do contrato de novembro de 2024 na Bolsa de Valores (B3) aumentou 0,16% em relação ao dia anterior, fechando em R$ 57,18 por saca.
Em resumo, o cenário do agronegócio brasileiro na safra 2023/24 de milho é marcado por avanços nas atividades de campo, uma comercialização lenta e preços que variam consideravelmente entre as regiões.
Na análise anterior, “Ao considerar o custo, a produtividade média de 103,70 sacas por hectare e o preço de comercialização de R$ 32,52 por saca (dados de agosto de 2023), o Lajida do produtor modal ficou alarmantemente em -27,92 sacas por hectare. A diferença em relação à safra 2022/23 é expressiva, com uma queda de -75,12 sacas por hectare. É uma situação preocupante e desafiadora para o setor. É evidente que medidas drásticas são necessárias para reverter esse cenário. Uma das saídas é a elevação do preço de comercialização para R$ 37,52 por saca, combinada com um aumento na produtividade para 118,70 sacas por hectare”. Clique aqui para saber mais desta análise.
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Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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