Preços da arroba do boi seguem oscilando dentro de um mesmo patamar

Cenário de equilíbrio entre oferta e demanda impede movimentações significativas nas cotações da arroba do boi, da reposição e da carne bovina

O mercado do boi gordo segue operando em uma faixa estreita de preços, sem grandes alterações que indiquem tendências de alta ou de queda no curto prazo. Tanto a arroba do boi quanto a reposição e a carne bovina vêm apresentando oscilações dentro de um mesmo intervalo de mínimas e máximas, evidenciando que o volume ofertado, embora não seja robusto, tem sido suficiente para atender à demanda dos diferentes elos da cadeia produtiva.

Essa estabilidade reflete um cenário de equilíbrio momentâneo entre oferta e procura, impedindo pressões significativas sobre os preços e consolidando um período de marasmo nas negociações.

No atacado da Grande São Paulo, os cortes bovinos com osso acumulam uma queda inferior a 1% desde o final de fevereiro, demonstrando uma certa estabilidade nos preços da carne mesmo diante de um consumo ainda fragilizado. O fraco desempenho nas vendas no varejo tem limitado qualquer tentativa de avanço nas cotações, forçando a indústria a trabalhar com margens apertadas.

Do lado do produtor, o Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ também reflete essa mesma estabilidade, com variações pontuais que não alteram o panorama geral de preços travados. A liquidez moderada nas praças de negociação segue limitando o fôlego de movimentos mais agressivos no mercado.

Outro ponto de atenção é o mercado de reposição, especialmente o bezerro, que historicamente é sensível às movimentações do boi gordo. Desde o forte ajuste ocorrido no final do ano passado, os preços do bezerro se mantêm praticamente estáveis, repetindo o comportamento de marasmo observado na engorda.

Desde novembro, a reposição não dá sinais de reação, indicando que o pecuarista ainda aguarda um cenário mais claro antes de retomar os investimentos com maior intensidade. Esse comportamento cauteloso também é reflexo da incerteza quanto à recuperação do consumo interno e às perspectivas de exportação, que seguem ditando o ritmo lento das negociações no setor. Clique aqui e acompanhe diariamente o mercado financeiro

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