Preço da saca de soja opera abaixo dos R$120

No mercado da soja, preços em baixa instigam reflexões sobre venda futura, veja a seguir

Os preços da soja estão abaixo dos R$ 120 por saca de 60 kg no mercado interno. Esse movimento, influenciado pela conjuntura internacional e pela demanda tanto interna quanto externa, suscita análises sobre as perspectivas para a próxima safra.

As negociações atuais refletem não apenas as quedas nos mercados internacionais, mas também uma redução nas demandas tanto da China quanto do mercado interno. Esta última, impulsionada por fatores como safras concorrentes e oscilações no cenário econômico nacional.

Nos Estados Unidos um fenômeno chama a atenção dos observadores do mercado: um aumento no interesse dos produtores em cultivar soja em detrimento do milho para a safra 2024/25. Esse movimento, aparentemente, é motivado pela vantagem econômica que a soja apresenta sobre o milho, uma tendência que se mantém acima da média histórica desde 2000.

Embora este cenário seja observado em meio a estoques abundantes e preços relativamente baixos da soja nesta temporada, há expectativas de que os preços da oleaginosa nos Estados Unidos possam sofrer uma baixa no próximo ano-safra. Esse movimento, se confirmado, poderá ecoar nos demais países produtores, incluindo o Brasil.

O mercado da soja, fundamental para o agronegócio nacional, enfrenta um período desafiador marcado por pressões internas e externas. As tendências observadas nos Estados Unidos adicionam uma camada de complexidade às decisões dos produtores e investidores, enquanto as oscilações nos preços sinalizam a necessidade de cautela e análise estratégica para os próximos ciclos de produção.

As estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra de soja 2023/24 pintam um quadro misto. Embora se projete um aumento de 2,3% na área cultivada, totalizando 45,1 milhões de hectares, há preocupações quanto à produtividade. Espera-se uma redução de 5,5% nesse aspecto, resultando em uma oferta estimada de 149,4 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,4%. Essa dinâmica pode desencadear implicações significativas no mercado, influenciando tanto os preços internos quanto as exportações.

Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®

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