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A retração do PIB do ramo agrícola decorreu especialmente da forte alta dos custos com insumos para a produção agrícola (dentro da porteira). Isso pode ser visto pela queda do PIB do segmento primário agrícola (14,01%), concomitante ao forte aumento do PIB do segmento de insumos (31,81%).
A agroindústria de base agrícola teve desempenho modesto no semestre, com aumento de 0,45% no PIB do Agro. Embora os preços médios desse segmento estejam em elevados patamares, o PIB tem sido pressionado negativamente pela redução da produção (frente à do ano passado) em setores relevantes. Ademais, a agroindústria, de modo geral, tanto de base vegetal como animal, também tem sido pressionada pelo avanço dos custos.
Além dos maiores preços das matérias-primas agropecuárias, outros custos industriais gerais têm se elevado. Esse estreitamento das margens nos segmentos a montante, aliado às menores produções de soja e de outros produtos agrícolas e agroindustriais, explica a queda semestral do PIB dos agrosserviços do ramo (2,93%).
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Quanto ao ramo pecuário, para o segmento primário (pecuária dentro da porteira), embora o faturamento médio desse segmento esteja em certa medida estagnado frente ao ano passado, sendo observada uma acomodação dos preços pecuários, houve algum alívio dos custos ao longo do primeiro semestre – em relação ao patamar expressivamente elevado alcançado em 2021. Esse alívio, em especial a redução dos preços de rações e medicamentos, explica a queda do PIB do segmento de insumos pecuários, de 2,45% no semestre, e o aumento de 1,7% no PIB primário pecuário.
A retração do PIB do Agro – agroindústria da pecuária (3,44%) reflete o aumento dos custos industriais a taxas superiores às do crescimento esperado para o faturamento.
Por Cepea
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