Um panorama do desenvolvimento de Mato Grosso foi apresentado nesta quarta-feira (14.08) em reunião da Câmara Setorial Temática para Estabelecer Estratégia da Agronomia e da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso, da Assembleia Legislativa e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT).
Os dados compilados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) mostram que o Estado representa 10,6% do território nacional e tem uma população de mais de 3,4 milhões de habitantes. E o crescimento populacional continua – de 2000 a 2018 houve aumento de 37,39%.
Mas, apesar de poucas pessoas, Mato Grosso tem um PIB per capita 23% superior à média brasileira, o quarto no ranking nacional.
“É interessante verificarmos que 9,31% dos municípios com PIB per capita acima de R$ 50 mil concentram-se no Estado. O agronegócio é a atividade principal de todos esses municípios”, explicou Walter Valverde, secretário adjunto de Investimentos e Agronegócio da Sedec.
Mais de 62% da área do Estado é preservada e o Índice de Desenvolvimento Humano de Mato Grosso teve crescimento 9,8% superior ao do Brasil entre 2000 e 2010. Há nove anos, o IDHM era de 0,725, representando 99,72% o índice nacional e superior 20,63% ao do início deste século. “Nossa pauta é o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso, tanto o social quanto o ambiental”, reforçou Valverde.
Para o conselheiro do Crea e presidente da Comissão, Marcelo Capelloto França, já com as primeiras reuniões a Câmara está colhendo resultados. “Tenho certeza de que com as informações desta palestra teremos melhores resultados e conseguiremos nortear pessoas que nos procuram solicitando informações e orientações sobre o Estado”, disse.
O procurador da Assembleia Legislativa e relator da Câmara, Ricardo Riva, ressaltou que as informações relativas à desconcentração de renda são importantes para a divulgação positiva do Estado. Segundo o levantamento da Sedec, entre 2000 e 2010 a renda apropriada pelos 80% mais pobres teve uma elevação de 20,17%.
A redução do Índice de GINI mostra que a desconcentração de renda é maior que a média brasileira. Entre 2000 e 2010, o Brasil teve seu Índice de GINI reduzido de 0,64 para 0,60. No mesmo período, o índice do Estado decresceu de 0,62 para 0,55.
“Vejo que o Estado de Mato Grosso, tanto do ponto de vista econômico, como ambiental e agora social, está bem à frente dos outros Estados e em um padrão mundial”, afirmou o procurador.
Foram apontados, durante a reunião, alguns gargalos para a agropecuária do Estado, como a logística e questões como telefonia rural e internet, além da assistência técnica. Representantes de instituições de ensino, como Unemat e Univag, também estavam presentes e frisaram a importância de a pesquisa agronômica estar alinhada com o dia a dia do agricultor para que efetivamente os resultados sejam vistos na prática.
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