A produção mundial de café no ano-cafeeiro 2019-2020 atingiu 168,55 milhões de sacas de 60kg, das quais 95,73 milhões de sacas são de café arábica, que equivalem a aproximadamente 56,8%, e 72,82 milhões de café robusta, volume que corresponde a 43,2% da produção global. Se for estabelecida uma comparação com o ano-cafeeiro anterior, cuja safra foi de 171,37 milhões de sacas de café, sendo 100,82 de café arábica e 70,55 de café robusta, verifica-se que esses volumes representam, respectivamente, uma redução de 1,6% da produção total, um declínio de 5,1% do volume de café arábica e um incremento de 3,2% do volume de café robusta.
Especificamente em relação ao café robusta, observa-se que no ano-cafeeiro 2019-2020 o volume produzido no mundo teve acréscimo de 2,27 milhões de sacas em relação ao volume de 2018-2019. Nesse mesmo contexto, é possível constatar que a produção mundial de café robusta teve aumento pelo terceiro ano consecutivo, pois em 2016-2017 a safra foi de 60,02 milhões de sacas, em 2017-2018, foi de 68,99 milhões de sacas, e no ano-cafeeiro passado, o volume de produção mundial do café robusta atingiu 70,55 milhões de sacas. É possível verificar um aumento de aproximadamente 12,8 milhões de sacas de 60kg – 21,3% – na produção mundial de café robusta desde 2016-2017 até o ano-cafeeiro atual.
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No que concerne ao consumo mundial de café no atual ano-cafeeiro, tanto de países produtores como exportadores, estima-se um volume total de 167,59 milhões de sacas consumidas, o que representa uma pequena queda de 0,9% em relação ao ano-cafeeiro anterior, que foi de 169,11 milhões de sacas. Nesse contexto, no caso específico dos países exportadores, o consumo interno permanece estável em torno de 50 milhões e nos países importadores o consumo diminuiu 1,1% e atingiu 117,59 milhões de sacas.
O consumo mundial de café apresentou ligeiras quedas entre o atual e o último ano-cafeeiro. O continente Africano consumiu o equivalente a 11,67 milhões de sacas de café, redução de 0,5% se comparado com o período anterior; Ásia & Oceania foram responsáveis pelo consumo de 34,06 milhões de sacas (-0,9%); México e América Central por 5,42 milhões (-0,1%); Europa se manteve como o continente com maior consumo de café com o equivalente a 55,08 milhões de sacas de 60kg consumidas (-0,9%); América do Sul, o maior produtor de café foi responsável pelo consumo de 26,9 milhões de sacas (-0,9%); por fim, América do Norte, segundo maior consumidor e responsável pela demanda equivalente a 31,43 milhões de sacas de café (-1,1%).
Enquanto o consumo mundial se manteve praticamente estável em todo o mundo, a produção apresentou algumas variações, quando comparados os números do atual ano-cafeeiro 2019-2020 com o ano-cafeeiro 2018-2019. A produção da Ásia & Oceania apresenta um aumento de 4,1% ao produzir 50,07 milhões de sacas, destaque para o aumento de 11,7% na produção da Indonésia que chegou a 11,19 milhões de sacas e, também, para o Vietnã com um incremento de 4% e produção de 31,5 milhões de sacas de café. Na América do Sul, região responsável por 46,8% da produção mundial de café em 2019-2020, houve uma redução de 4,6%, chegando a 78,87 milhões de sacas produzidas. A safra da América Central & México caiu 4,5% e encerrou o ano-cafeeiro 2019-2020 com 20,76 milhões de sacas produzidas, com destaque para a queda de 15,4% na produção de Honduras, que produziu 6,2 milhões de sacas. A produção do continente Africano se manteve estável com 18,85 milhões de sacas.
Os dados aqui apresentados de performance da produção e consumo mundial de café constam do Relatório sobre o mercado de Café – novembro 2020, da Organização Internacional do Café – OIC, instituição representativa da cafeicultura mundial da qual o Brasil é país-membro, e que congrega 76 países produtores e consumidores de café, bem como administra o Acordo Internacional do Café, que encontra-se publicado na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Adicionalmente, vale esclarecer que o ano-cafeeiro da OIC compreende o período de outubro a setembro.
Por Thiago Cavaton/ Embrapa Café
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