Considerado o Oscar do café. a cerimônia de entrega de pr6emios foi marcada por um leilão solidário, arrecadando mais de R$ 240 mil, e uma saca de café foi vendida por R$ 68 mil durante o evento de premiação
Na noite do dia 30, a cidade de Uberlândia brilhou como palco do 11º Prêmio Região do Cerrado Mineiro (RCM), um evento que não apenas celebra a qualidade excepcional dos cafés da região, mas também bate recordes e promove a solidariedade. Organizado pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com o apoio do Sebrae Minas, o evento reuniu cerca de 500 participantes, incluindo representantes da cadeia produtiva, políticos, autoridades e convidados.
O prêmio, considerado o Oscar do café, destaca os melhores cafés dos 55 municípios da Região, valorizando a produção de alta qualidade com Denominação de Origem (D.O) e promovendo a responsabilidade e rastreabilidade na produção. Este ano, a premiação bateu recordes com 500 amostras inscritas, demonstrando o comprometimento dos cafeicultores da região com a excelência.
“Atingimos um recorde notável no leilão Café Solidário, arrecadando R$ 68 mil com a saca de café mais valorizada. Isso reflete a importância do leilão, incentivando os produtores a se dedicarem ainda mais à produção de cafés de alta qualidade.“, avalia Gláucio de Castro, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Vencedores do Oscar do café
Confira os vencedores em cada categoria:
Categoria Cereja Descascado
1º lugar: Bioma Café – 88,55 pontos – Carmocer
2º lugar: Mariana Lima Veloso – 87,20 pontos – Carpec
3º lugar: Sérgio Ricardo Queiroz Barbosa – 87,15 pontos – Carpec
Categoria Fermentação Induzida
1º lugar: Deyvid Oliveira Leandro – 88,73 pontos – Expocacer
2º lugar: Evanete Peres Domingues – 87,7 pontos – Coocacer
3º lugar: Bioma Café – 87,65 pontos – Carmocer
Categoria Natural
1º lugar: José Ricardo de Carvalho – 90,13 pontos – Acarpa
2º lugar: José Augusto Guimarães – 89,34 pontos – Expocacer
3º lugar: Elen Lorencini Moraes – 88,53 pontos – GRE Café – Região de Araxá
A disputa foi acirrada entre os melhores cafés de 2023, exigindo uma pontuação mínima de 80 pontos para ser considerado especial. Os grãos premiados foram anunciados em uma cerimônia transmitida ao vivo, revelando os talentos e esforços dos cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro. Na categoria Natural, José Ricardo de Carvalho conquistou o primeiro lugar com impressionantes 90,13 pontos.
Café Solidário
Além da premiação, o evento incluiu o Leilão Café Solidário, que permitiu a aquisição presencial dos melhores cafés das três categorias. O destaque ficou para a saca de café mais valorizada, vendida por R$ 68 mil, pertencente a José Ricardo de Carvalho, um recorde histórico que reflete a qualidade excepcional do café produzido na região.
A solidariedade também marcou presença no Oscar do café, com R$ 243 mil arrecadados no leilão. Destes, 70% serão destinados ao Hospital do Amor de Patrocínio, e aos projetos vencedores do Troféu Escola de Atitude. Uma parte será direcionada aos produtores responsáveis pelos cafés, fortalecendo ainda mais a comunidade cafeeira local.
Como é tradição, o Prêmio Região do Cerrado Mineiro também reconheceu ações de envolvimento com o meio ambiente, a comunidade e as mulheres, que desempenham um papel cada vez mais destacado no setor. O Troféu Mulher de Atitude premiou três produtoras exemplares, enquanto o Troféu Atitude Sustentável reconheceu as práticas agrícolas responsáveis da Auma Agronegócios.
Além disso, o troféu Escola de Atitude foi entregue à Escola Municipal Doutor Júlio do Couto Gontijo, de Carmo do Paranaíba, destacando o compromisso com projetos educacionais inovadores e transformadores. Assim, o 11º Prêmio Região do Cerrado Mineiro não apenas celebrou a excelência do café, mas também promoveu valores de solidariedade, sustentabilidade e igualdade no setor cafeeiro. Este evento não apenas enaltece os sabores extraordinários da Região do Cerrado Mineiro, mas também destaca a resiliência e a paixão dos cafeicultores locais.
Assista a cerimônia completa do 11º Prêmio Região do Cerrado Mineiro, o Oscar do café. Aperte o play no vídeo abaixo.
Sobre a RCM
A Região do Cerrado Mineiro (RCM), ao longo das últimas cinco décadas, consolidou-se como um importante centro de produção de café de alta qualidade no Brasil, sendo a primeira Denominação de Origem (DO) para café no país, com um modelo único de governança estruturado em cooperativas e associações, que inspirou inclusive outras regiões brasileiras.
Seus 4.500 produtores estão localizados em 55 municípios, distribuídos em 250 mil hectares, sendo responsáveis por 25,4% da produção de café em Minas Gerais e 12,7% da produção total do país. Sua localização privilegiada, com estações climáticas bem definidas, altitude entre 800 e 1.300 metros e solo propício, resulta em cafés excepcionais, caracterizados por aroma intenso, acidez cítrica delicada e sabor adocicado com notas que vão de caramelo a nozes, além de um final de longa duração.
Reconhecida pela sua atitude e foco em inovação, a RCM tem hoje presença de marca em todos os continentes para mais de 30 países e é a Região de café no Brasil com a maior área certificada em boas práticas agrícolas, incluindo a primeira fazenda certificada em agricultura regenerativa no mundo – razões pelas quais é considerada one stop shop no Brasil para vários compradores.
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