No ano de 2018, cada brasileiro consumiu 839 xícaras de café, maior média do mundo

Consumo nacional deve fechar o ano com crescimento de 3,5% em relação ao ano anterior.

Maior produtor e exportador mundial de café do mundo, o Brasil já desponta também como maior consumidor global da bebida. O país deve fechar este ano com um consumo de 23,9 milhões de sacas (60kg), 3,5% a mais do que em 2018, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International traz dados curiosos sobre o jeito brasileiro de beber seu cafezinho.

O consumo médio por ano alcançou 839 xícaras por pessoa e o gasto médio anual com café, de R$ 113/ano, é maior do que o brasileiro gasta nas farmácias com remédio. “O setor cafeeiro é o melhor exemplo a ser seguido pelos demais segmentos do agronegócio”, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros. “Quando eu me formei, há 50 anos, beber café era um hábito de velho”, diz Mendonça de Barros.

Resultado de imagem para xícara de café

O café não só soube se rejuvenescer como também se tornou um produto sofisticado como o vinho. Hoje há vários tipos e origens da bebida e várias formas de se preparar e beber.

“Os produtores investiram em produtividade, qualidade e sustentabilidade; as indústrias entraram com as novas tecnologias, como as cápsulas; as cafeterias se espalham pelo país, conquistando o paladar dos jovens; e no varejo podem ser encontradas dezenas de marcas de cafés top, inclusive dos cafeicultores.”

O diretor-executivo da Abic, Nathan Herszikowicz, diz que além do brasileiro estar consumindo cafés de melhor qualidade, ele (que é mais jovem, com idade entre 16 e 25 anos) também está mudando os padrões de compra. “Há um movimento grande no mercado de consumidores que não adquirem mais o café torrado e moído. Eles estão comprando, além de cápsulas, cafés em grãos torrados, preparando seus próprios blends, e moendo em casa”, diz.

O consumidor brasileiro também está experimentando novas formas de consumir cafés, como o cold brew, a infusão do pó a frio, gerando uma bebida menos amarga que ressalta a doçura dos grãos e é servida gelada. Outra tendência observada, mas ainda sem números concretos, é a verticalização dos produtores. “O setor está observando uma mudança importante no mercado, que são os produtores que estão investindo na verticalização, são aqueles que plantam, beneficiam e vendem no varejo seu próprio café, com valor agregado”, diz Herszikowicz.

Por Globo Rural

Share
Published by
Vicente Delgado

Recent Posts

  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Preços de frete iniciam tendência de arrefecimento com fim da colheita da soja

A queda é explicada, principalmente, pelo fim da colheita da soja. Porém a proximidade de…

3 dias ago
  • Notícias
  • Previsão do tempo

Previsão do tempo: chuvas persistem em algumas regiões do país

Áreas da Bahia e atingem Sergipe neste fim de semana, na região o Recôncavo Baiano,…

3 dias ago
  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Mercado do algodão: Bolsa de NY sobe, confira!

Contratos de julho e dezembro de 2025 registram alta na Bolsa de Nova York, impulsionados…

3 dias ago
  • Notícias
  • Previsão do tempo

Previsão do tempo: como será o clima no Brasil em maio?

A previsão do tempo indica chuvas concentradas no Norte do país e áreas do leste…

5 dias ago
  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Cotações da soja no Brasil recuam

Em meio a tensões cambiais e expectativas energéticas, farelo e óleo de soja apresentam movimentos…

6 dias ago
  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Alta no preço do bezerro em Mato Grosso, confira!

Após meses de estabilidade, o mercado do bezerro em Mato Grosso surpreendeu com uma valorização…

6 dias ago