Os preços do milho seguem em alta, impulsionados por uma combinação de fatores que tem mantido o mercado aquecido, veja a seguir.
Entre os principais motivos estão a retração de vendedores, a estimativa de estoques reduzidos e uma demanda sólida, tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Produtores, focados nos trabalhos de campo, têm adotado uma postura cautelosa na comercialização, enquanto compradores, atentos às necessidades de reposição, continuam ativos no mercado do milho.
O cenário se tornou ainda mais desafiador com os dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa para o estoque de passagem da safra 2023/24, que se encerra em janeiro, foi reduzida para 2,53 milhões de toneladas. Este volume está significativamente abaixo dos 4,42 milhões de toneladas projetados no relatório de dezembro. Essa queda reflete, sobretudo, o avanço das exportações, que foram revisadas para 38,5 milhões de toneladas.
O fortalecimento das exportações é um dos pilares que explicam a pressão sobre os estoques nacionais. Com a alta competitividade do milho brasileiro no mercado internacional, especialmente frente à demanda de grandes consumidores globais, como China e União Europeia, os embarques têm superado as expectativas. Isso não apenas reduz a disponibilidade interna, mas também força os preços a se manterem elevados.
Enquanto isso, a demanda no mercado interno também permanece robusta. Setores como o de rações para aves, suínos e bovinos dependem do milho como insumo essencial, garantindo uma movimentação constante no mercado interno. A combinação de exportações aceleradas e demanda interna aquecida cria um ambiente de baixa oferta, pressionando ainda mais os preços.
Com estoques reduzidos e a safra 2023/24 chegando ao fim, a atenção se volta para o comportamento dos produtores e compradores nos próximos meses. A retração vendedora tende a persistir, enquanto a necessidade de recomposição de estoques por parte dos compradores pode elevar ainda mais a competitividade no mercado do milho.
Além disso, a conjuntura climática e o desempenho das próximas safras serão determinantes para o equilíbrio entre oferta e demanda. Qualquer adversidade no campo pode intensificar o cenário de preços elevados, afetando tanto o mercado interno quanto a posição do Brasil no comércio internacional.
O momento exige estratégia e visão de longo prazo por parte de todos os agentes da cadeia produtiva. Com um mercado dinâmico e desafiador, cada decisão pode fazer a diferença no balanço final.
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