As chuvas podem não estar perfeitas pelo Estado, mas estão sendo suficientes para a total inversão do cenário que a soja mato-grossense vivenciava há exatamente um ano.
A primeira quinzena de outubro está com pouco mais de um terço da área estimada à soja semeada, superfície inédita para o período e que garante a janela ideal ao cultivo do milho safrinha a partir de meados de janeiro de 2017.
Há exatamente um ano, a semeadura paralisava por mais de 30 dias pela forte estiagem que pegou os produtores de surpresa. O breque no campo impactou severamente sobre os resultados produtivos e financeiros da soja 2015/16 e com a manutenção do clima seco, sobrou até mesmo para o milho segunda safra, que foi plantado fora da época ideal (janela) e também sofreu grande estresse hídrico.
Como destacam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), “ao contrário do suplício a das incertezas climáticas que os produtores vivenciavam há um ano, até esse momento a semeadura vai a todo vapor”, como exclamam no Boletim da Soja, divulgado ontem. Desde o início de outubro, o trabalho no campo vem tendo ritmo intenso em grande parte do Estado.
Na última semana, como exemplificam no Boletim, cerca de 1,4 milhão de hectares foram cultivados, elevando a semeadura para 31,4% na média do Estado. “Assim como destacamos no Boletim da semana passada, temos nessa edição o reporte de um novo recorde. Este passa a ser o maior percentual já semeado da safra ao fim da primeira quinzena de outubro da série histórica do Imea (iniciada em 2009) em todas as regiões mato-grossenses. Os bons volumes de chuvas registrados em grande parte do Estado neste ano vêm possibilitando esse ritmo acentuado da semeadura”.
As chuvas são o sinal verde para a largada do produtor que está com tudo pronto para plantar. “Muitos produtores estão adiantando o mais rápido possível os trabalhos a campo a fim de beneficiar o desenvolvimento da nova safra. A expectativa dos agricultores é que até o fim deste mês grande parte da safra já esteja semeada. Em todo caso, o ritmo dos trabalhos deve continuar andando paralelamente à quantidade de chuva em cada região”.
As plantadeiras estão bastante aceleradas que na região oeste, até o dia 13, mais de 53% dos 1,11 milhões de hectares já estão cobertos e no médio norte, onde mais de 3,16 milhões de hectares são anualmente plantados, 31% estavam semeados.
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