Semana curta, mas agitada. Nem poderia ser diferente. O Brasil acordou com o dólar disparando na quarta e a bolsa de valores caindo para perto de 112 mil pontos, depois das manifestações, como esta coluna previu.
Mas os produtores já estavam fora das vendas externas, esperando melhores condições das cotações, não refletindo, portanto, a taxa de câmbio já que os negócios foram fracos.
Na quinta, o avanço do desabastecimento de combustíveis e bloqueios de estradas acendeu o alerta para problemas de circulação e preços dos gêneros de primeira necessidade.
Em compensação, o dólar recuou forte, em 1,85%, e a B3 escalou para 115 mil pontos, com o pronunciamento “amistoso” do presidente Jair Bolsonaro, em relação às suas declarações durante os atos de 7 de setembro.
A boa notícia, se nada mudar sobre o aceno do Palácio do Planalto, é que o Brasil pode dormir com um pouco mais de paz no final de semana.
E o dólar pode ficar acomodado também neste último dia da semana.
A má notícia é que a fragilidade do desabastecimento, prejudicado em apenas praticamente um dia de forte paralisação, não deverá ser revertida antes do começo da próxima semana.
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Para o mercado bovino, a agitação da semana não atrapalhou. A agitação para os pecuaristas foi na semana anterior, com o episódio da vaca louca atípica.
Nesta, tudo ficou parado, também como foi previsto. Os frigoríficos saíram das compras – aliás, já estavam fora desde o dia 2 -, e só conseguiram comprar boi de produtor com a corda no pescoço.
No entanto, a @ não caiu mais. Ficou estacionada entre R$ 303 e R$ 305, em São Paulo, por exemplo, como fechou na última sexta, no ápice da crise da vaca louca e antes do Mapa confirmar a menor gravidade da doença.
Também não seria diferente. Porque o feriadão não se refletiu em desova de carne acentuada no varejo, daí que os frigoríficos não precisaram abrir o balcão de compras com maior apetite.
As exportações também ficaram paradas, em termos de novos contratos. E as empresas que tinham embarques para cumprir igualmente não mandaram carnes para os portos porque os importadores – com China à frente – ainda não deram sinal verde.
Mas deverá retomar na semana que vem, na esteira, inclusive, do aval da Organização Mundial da Saúde Animal ao diagnóstico brasileiro de que os casos da raiva bovina aconteceram em animais caducos, portanto, longe dos riscos de contágios.
Seja como for, não há perspectiva de melhora para o produtor, em termos de valorização do boi, antes de outubro. E olhe lá.
Os mercados futuros na bolsa de valores também não refletem alta nos contratos de outubro e novembro.
Porém, a expectativa é que os animais de confinamento, e negociados a termo pelos grandes terminadores, vão acabar a qualquer momento.
Aí o mercado reagiria, uma vez que o rebanho está muito mais curto este ano. E porque, para a maioria dos analistas, a China vai continuar comprando mais – embora mais acomodada que em 2020 -, e costuma acelerar as importações antes da virada do ano, para entrar no seguinte com estoques estratégicos mais folgados.
A ver, então.
Já havia no radar a chegada das chuvas, o que já é, por si só, boa notícia para os produtores para a safra que está começando dia 15, na maioria dos estados (lembrando que, no Paraná, o plantio está começando nesta sexta).
A outra boa notícia é que a baixa umidade do solo, depois de muita seca e geadas em várias regiões, vai ser compensada pelas chuvas em pouco tempo.
De modo, que se as previsões estiverem corretas, o plantio da soja seguirá dentro da janela ideal, sem comprometer, depois a colheita mais tardia e o plantio do milho safrinha de 2022.
O Mato Grosso está com solo mais comprometido, de baixa umidade, na parte Leste, como o Sul de Goiás. E as chuvas nestas regiões vão ser mais fracas, que no resto do estado e do Brasil, mas não se acredita que possa haver comprometimento mais grave.
Por Giovanni Lorenzon – AGRONEWS
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