O mês de abril marcou um novo capítulo na pecuária de Mato Grosso, consolidando o estado como protagonista no cenário nacional de abates bovinos
Com um total de 581,48 mil cabeças enviadas aos frigoríficos, o estado registrou o segundo maior volume da história para esse mês, refletindo uma dinâmica mercadológica impulsionada tanto por questões estratégicas dos pecuaristas quanto por fatores climáticos e de manejo.
O desempenho representa um avanço de 6,29% em relação ao mês anterior, consolidando uma tendência de firmeza na oferta. No entanto, o comportamento do abate de fêmeas chamou ainda mais atenção: representando 56,81% do total, o volume de 330,36 mil cabeças foi 10,07% superior ao registrado em março.
Esse aumento, contudo, esconde um dado relevante no horizonte: na comparação com o mesmo período do ano anterior, a participação das fêmeas apresenta recuo pelo terceiro mês consecutivo, resultado direto da estratégia dos produtores de segurar matrizes nas fazendas, de olho na próxima estação de monta, antecipando-se aos desafios que a seca trará ao manejo e ao equilíbrio do rebanho.
Mesmo diante do vigoroso desempenho observado em abril, as projeções de curto prazo apontam para uma estabilidade nos volumes de abate em Mato Grosso, sustentados principalmente pelo ajuste de lotação nas propriedades, que buscam aliviar as pastagens antes do agravamento do período seco.
Especialistas do setor alertam que, com a chegada da estiagem típica dos meses seguintes, as condições das pastagens tendem a se deteriorar, impondo aos produtores decisões mais cautelosas em relação ao abate, especialmente no que tange às fêmeas. Essa movimentação reflete uma preocupação já evidente no mercado: preservar o plantel reprodutivo em um cenário onde o custo de recria e engorda tende a subir, exigindo dos pecuaristas estratégias de manejo ainda mais eficientes para atravessar o período crítico sem comprometer a produtividade futura.
Assim, apesar do recorde registrado, o cenário que se desenha para os próximos meses inspira atenção redobrada, tanto para a indústria quanto para os criadores, que precisam alinhar suas decisões à realidade imposta pelo clima, pelo ciclo pecuário e pelos sinais de um mercado que, embora aquecido no curto prazo, pode demandar ajustes sensíveis no médio e longo prazo.
AGRONEWS É INFORMAÇÃO PARA QUEM PRODUZ
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