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Demandantes de raiz, agentes da indústria de fécula se mostram preocupados com o atual cenário. Os baixos volumes de moagem diminuem a eficiência técnica das indústrias, sobretudo pela elevada ociosidade, ao passo que os altos preços da matéria-prima apertam as margens. O repasse das valorizações da raiz da mandioca aos derivados acaba sendo parcial, tendo em vista que os maiores preços da fécula tendem a limitar o consumo e a estimular a substituição por outros amidos, especialmente o de milho. Em outubro, levantamento do Cepea mostra que o preço médio da fécula está em R$ 5.120,91/toneladas, aumentos de 5% frente ao de setembro e de 71% em um ano.
A relação entre o preço médio da fécula e o da raiz vem caído de forma periódica, o que evidencia a redução na margem das indústrias. Na parcial de outubro, inclusive, a relação está em 5,05, sendo a menor de toda a série histórica do Cepea – como comparação, a relação média de outubro do ano passado estava em 5,39. Agentes relatam que a matéria-prima representa entre 65% e 70% do custo de produção da fécula.
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Outro fator de preocupação entre agentes se refere à extração média de amido, que, no acumulado de 2022, está em 24,7% (o que significa que uma tonelada de raiz gera 247 quilos de fécula), com queda de 9% na comparação com o mesmo período de 2021 – isso também pesa sobre o volume produzido, que, no acumulado anual, está 5% menor.
O cenário de baixa oferta de matéria-prima e estoques de derivados reduzidos deixa vendedores e compradores em alerta, especialmente quando se considera também a aquecida demanda externa. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de fécula de mandioca totalizaram 4,94 mil toneladas em setembro, crescimento de 52% frente às de agosto e de expressivos 97% na comparação com as do mesmo período do ano passado. No acumulado anual (janeiro a setembro), o volume embarcado totaliza 34,6 mil toneladas, 41% acima do registrado nos nove primeiros meses de 2021.
Por Cepea
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