À primeira vista, as bebidas isotônicas, à base de água, carboidratos e sais minerais, parecem ser a melhor opção. Afinal, elas são elaboradas especialmente para hidratar os praticantes de atividades físicas intensas e prolongadas, nas quais perdemos muito líquido.
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Mas, na verdade, o leite vence o isotônico no quesito hidratação – e deixa até a água para trás. Essa foi a conclusão de um estudo recente, que comparou várias bebidas e mostrou que o leite, integral ou desnatado, mantém o corpo mais hidratado e por um período maior do que todas as outras opções (incluindo água e suco), especialmente por ser mais rico em sódio e potássio, minerais que regulam a entrada e saída de água das nossas células.
Os exploradores precisam manter água no organismo e os policiais não têm muito tempo para urinar. Ou seja, ambos precisam se manter hidratados.
Esse tipo de informação, foi exatamente o que motivou um time de pesquisadores britânicos a desenvolver um estudo sobre índices de hidratação. Liderados por Ronald Maughan, da Loughborough University, na Inglaterra – uma instituição referência em ciência dos esportes – o grupo desenvolveu um índice que descreve o quão bem uma pessoa saudável e hidratada retém de água ao ingerir líquidos.
O objetivo não foi apenas guiar as decisões de exploradores no deserto ou de policiais, mas também ajudar canoistas, marinheiros, atletas, atores e qualquer outra pessoa que esteja tentando quebrar um recorde fazendo uma atividade longa e ininterrupta.
Os pesquisadores apresentaram os indíces de hidratação de 13 líquidos comumente utilizados para hidratação, tendo como base a resposta do organismo humano ao consumo de cada um deles em um ensaio controlado. Foram eles: água sem gás, água com gás, Coca-Cola, Coca-Cola Diet, bebida esportiva (Powerade), solução de rehidratação oral (Dioralyte), suco de laranja, cerveja, café, chá quente, chá gelado, leite integral e leite desnatado.
Setenta e dois homens jovens, com aproximadamente a mesma altura e peso, foram avaliados. Depois de assegurar que todos apresentavam o mesmo grau de hidratação, os pesquisadores pediram que consumissem 1 litro de um dos líquidos em um período de 30 minutos. Na sequência, esvaziaram a bexiga a cada hora para que fossem feitas várias mensurações. Esse procedimento foi repetido outras três vezes, variando o tipo de líquido que cada homem consumia a cada vez.
Os dados mostraram que três líquidos foram melhor que a água no índice de hidratação. Um era óbvio – a solução de rehidratação oral, que é um medicamento produzido especialmente para esse fim. Os dois outros foram leite integral e desnatado, sendo que o integral atingiu um índice muito próximo ao do Dioralyte. Na sequência veio o suco de laranja, com desempenho similar ao da água. Todos os demais líquidos apresentaram índices inferiores ao da água, na seguinte ordem: Powerade, cerveja, café, chás, Coca Cola e Coca Cola Diet.
Por um motivo: ele não contém agentes diuréticos como a cafeína e o álcool. Mas, o que torna o leite ainda melhor é a sua composição de eletrólitos, além do fato de que a água presente no leite chega ao sangue mais lentamente que a de outros líquidos, levando a uma queda menos dramática na pressão osmótica do sangue. Como a pressão osmótica tem um efeito diurético, o consumo de leite leva a uma menor produção de urina que o consumo de água.
Esses resultados fornecem uma nova perspectiva para a escolha de líquidos hidratantes.
Não chega a ser novidade. Em 2013, um experimento feito na Universidade de Newcastle, na Inglaterra, publicado no Medicine and Science in Sports and Exercise, concluiu que o leite era a bebida ideal para o pós-exercício por ter a melhor combinação de carboidratos e proteínas. A recuperação dada pelo leite era muito mais rápida e eficaz quando comparada à água. Para o azar das vaquinhas.
Por: Vicente Delgado – AGRONEWS BRASIL, com a contribuição de Leonel Fonseca – FARSUL e informações dos sites Beba mais leite, Colônia Holandesa e GQ.
Referências:
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