Lei Kandir, uma bomba que será desarmada

Os políticos ainda não entenderam o recado do ministro Guedes, ele já disse que a Lei Kandir caducou, isto quer dizer que vai acabar com ela, vai acabar com a obrigação da União ficar compensando os Estados exportadores.

O novo modelo de governo que ele quer implantar, é a descentralização da economia, tirar todo o poder da União e transferir para os Estados e Municípios, neste novo modelo o Fex já era.

Ele vai aumentar as receitas dos Estados e municípios, sem necessidade de os impostos irem para o Tesouro, e depois serem dividido, ele vai incluir varios impostos como o Pis e o Confins, para os os Estados e Municípios, terem participação na distribuição também, mais um motivo para acabar com o Fex.

Primeiro ele vai acabar com a sangria da Previdência, e vai acabar com o Fex também.

No caso dos produtores de MT não precisarão ficar preocupados com o fim da Lei Kandir, o Guedes é preparado e sabe o que faz, ele vai continuar isentando as exportações brasileiras, com certeza, caso contrário, teria de ocorrer uma desvalorização cambial absurda até o ponto de compensar qualquer tributação que venha ocorrer, isto geraria uma inflação descontrolada, e ele não é irresponsável ao ponto de deixar isto acontecer.
Guedes sabe que nenhum país exporta impostos, e o Brasil também não exportará impostos.

Não tem como exportar os produtos do agro se forem taxados, os concorrentes do produtor rural não é o vizinho de fazenda, mas sim os que produzem em outros países que não taxam as suas exportações.

O agro tem que continuar dando lucro para o bem de MT, para continuar com este viés de desenvolvimento, caso este viés acabe o Estado ficará estagnado e a crise com certeza aumentará.

Mato Grosso é grande não pelo trabalho dos políticos, mas sim dos seus cidadãos, principalmente do agro, que levaram o desenvolvimento para todos os rincões do Estado, os políticos só tem em mente aumentar a arrecadação, e o Estado é um saco sem fundo, quanto mais arrecada, mais ele gasta.

Enfim vamos esperar para ver.

Por: Antoine Saad – Empresário