A criação de peixes é uma importante fonte de proteína animal e uma atividade econômica vital em muitos países, incluindo o Brasil. Recentemente, cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no Brasil desenvolveram um programa de inteligência artificial (IA) que permite medir peixes pacu de forma precisa e em tempo real.
Esta tecnologia inovadora tem o potencial de revolucionar a maneira como a criação de peixes é feita no Brasil, melhorando a produtividade e a eficiência da criação de peixes e ajudando a reduzir os custos de produção. Além disso, a IA também pode ajudar a prevenir o estresse e a transmissão de doenças para os peixes durante o processo de medição.
A criação de peixes no Brasil está prestes a receber um importante impulso graças a esta tecnologia desenvolvida no país, confira!
Uma equipe de cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no Brasil, desenvolveu um programa de inteligência artificial que permite medir peixes pacu de forma precisa e em tempo real. O software foi desenvolvido para ajudar os pesquisadores a obter dados mais precisos sobre a reprodução de peixes e foi publicado na revista Aquaculture.
Normalmente, para avaliar o crescimento de um grande número de pacus (Piaractus mesopotamicus), é necessário medir e pesar cerca de 2.000 animais por geração, o que pode levar dias e ser um processo estressante e que pode transmitir doenças. A equipe de pesquisadores criou um protótipo que pode melhorar as questões genéticas da espécie para aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção.
De acordo com Diogo Hashimoto, professor do Centro de Aquicultura da Unesp de Jaboticabal e um dos autores do estudo, medir os peixes manualmente pode resultar em menos dados, pois pode estressar os animais e transmitir doenças, além de consumir tempo valioso. Para solucionar esses problemas, os pesquisadores automatizaram o processo, “Automatizamos o processo, treinando a máquina com fotos de pacus e etiquetando cabeça, corpo , cintura pélvica e nadadeiras. Agora temos um aparelho portátil que pode ser levado a campo para fazer isso rapidamente e classificar os melhores animais”, diz pesquisador
Para criar o modelo, os cientistas usaram fotos de pacus para treinar a máquina a identificar a cabeça, o corpo, a cintura pélvica e as nadadeiras do peixe. O resultado foi um aparelho portátil que pode ser levado a campo para fazer medições rapidamente e classificar os melhores animais.
Abaixo vamos citar apenas 5 benefícios no emprego de inteligência artificial na piscicultura:
O programa também se mostrou mais resistente do que outras tecnologias de seleção de fenótipos disponíveis para outras espécies, como a tilápia. Ele consegue reconhecer e medir as diferentes partes do pacu mesmo quando estão na lateral do tanque, com condições de luz variáveis e poluição visual de fundo.
Os pesquisadores utilizam a seleção fenotípica para melhoramento genético em todo o setor agropecuário brasileiro, que é líder mundial na produção de proteína animal a partir de frangos, bovinos de corte e suínos. Na piscicultura, no entanto, esse tipo de tecnologia está disponível apenas para salmão e tilápia, ambos espécies exóticas e produzidas em massa em todo o mundo, com a maioria das inovações vindo do exterior.
“Os pesquisadores da Unesp decidiram inicialmente selecionar indivíduos com maior probabilidade de gerar descendentes com corpo redondo“, explicou Hashimoto. Pacus de corpo redondo tendem a ser mais atrativos no mercado, pois têm maior rendimento em lombo e costela, cortes mais consumidos. Para isso, é necessário selecionar peixes com altura e largura semelhantes.
Enquanto existem tecnologias de seleção de características fenotípicas para outras espécies, como tilápia e salmão, a IA desenvolvida pela Unesp se destaca. “Nosso programa consegue reconhecer e medir as diferentes partes do pacu mesmo na lateral do tanque, com poluição visual do fundo e condições de luz variáveis“, disse Hashimoto. “Os sistemas desenvolvidos para a tilápia usam luz controlada e fundo padronizado“, completa.
Os pesquisadores acreditam que a sistematização dos fenótipos do pacu em grandes bancos de dados permitirá selecionar os indivíduos com características que desejam preservar ou melhorar em futuras gerações. Além disso, o programa pode ajudar a reduzir a dependência do Brasil de espécies exóticas para a piscicultura, como o salmão e a tilápia.
Por Vicente Delgado – AGRONEWS®
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