Entrega de fertilizantes também está sendo impactada pelas altas no transporte.
A incerteza causada pelo tabelamento do frete continua travando a comercialização de grãos em Mato Grosso. “O milho está sendo negociado e saindo, porque tinham muitos contratos já feitos. Mas o mercado da soja praticamente parou. Alguns negócios estão sendo realizados, mas muito devagar”, diz Zilto Donadello, 1º vice-presidente Norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Segundo ele, os produtores aguardam uma definição sobre o valor do frete e um possível aumento de margem, já que a alta no transporte tem reduzido os preços para o produtor em até R$ 10/saca de soja e em até R$ 6/saca no caso do milho, considerando a base de Sinop.
A situação também paralisou a comercialização antecipada da próxima safra de soja. “As empresas não sabem a que preço de frete vão conseguir exportar essa soja ano que vem, então pararam a compra futura, porque não tem embasamento”, relata o vice-presidente.
Outro problema está no transporte de fertilizantes. Conforme o representante da Aprosoja, muitos produtores ainda esperam o melhor momento de compra. Quem já adquiriu, discute agora como será o frete. “Um produtor de Vera, MT, disse que a transportadora pediu US$ 100/tonelada para transportar o adubo de Paranaguá, PR, até a cidade. Ele pagou US$ 300 /t no adubo. Estão pedindo ⅓ do valor do produto no frete”, conta Donadello.
Apesar disso, ele não acredita em atraso na safra de soja – o vazio sanitário termina dia 15 de setembro no Estado – nem em avanço menor de área por conta das incertezas. “Mas o produtor vai investir menos, o que, teoricamente, deve levar a uma produtividade menor”.
Uma audiência pública sobre o tabelamento será realizada pelo Supremo Tribunal Federal em 27 de agosto e nenhuma decisão do STF será tomada antes dessa data.
Armazenagem
Com a colheita da safrinha na reta final, casos de milho a céu aberto em Mato Grosso já acontecem, mas ainda são pontuais, resultado do atraso na saída da soja de alguns armazéns por conta da greve dos caminhoneiros e do tabelamento do frete, diz Donadello. “Como a questão do frete não estava se resolvendo, o pessoal se estruturou para colocar esse milho em silos-bolsa, que é uma armazenagem normal, não afeta a qualidade do grão”, afirma.
O déficit de armazenagem em Mato Grosso é estimado em 64% pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Para tentar fomentar a construção de armazéns no Estado e tirar dúvidas de produtores sobre o tema, a Aprosoja-MT promoverá no dia 23 de agosto, em Cuiabá, a 1ª Feira de Negócios Armazena MT, que contará com participação de empresas do setor, técnicos e bancos.
Fonte: Portal DBO.
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