Governo pode remanejar orçamento de plano agrícola para quem sofreu com greve

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta quarta-feira, 6, em Brasília que o governo federal pode fazer remanejamentos no orçamento do Plano Agrícola e Pecuário 2018/19 para ajudar setores que sofreram com a greve dos caminhoneiros. Acrescentou, porém, que não vai pedir recursos adicionais ao Ministério da Fazenda

 

Maggi participou nesta quarta-feira do lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto, em Brasília. O presidente Michel Temer também estava na solenidade. “Quero tranquilizar os setores que sofreram com a greve de caminhoneiros. Temos condições de remanejamento e, se precisar de mais dinheiro, vamos fazer. Não vou pedir mais dinheiro novo, ministro (Eduardo) Guardia, vamos nos virar”, garantiu Maggi.

Após pressão de produtores rurais, o governo também deve rever a tabela de preços mínimos para os fretes rodoviários. Os ruralistas argumentam que a tabela, uma das promessas feitas por Temer para conseguir encerrar a paralisação dos caminhoneiros na semana passada, eleva os custos do frete em até 150%, conforme estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgado na terça-feira.

Durante o lançamento do plano, o presidente da CNA, João Martins da Silva Junior, demonstrou preocupação com a tabela de fretes, afirmando que, “a princípio (a tabela), causa apreensão no setor”.

Em seu discurso, Blairo Maggi anunciou também que o novo Plano Agrícola e Pecuário ofertará R$ 194,3 bilhões em crédito para os produtores brasileiros. Deste total, R$ 191 bilhões serão destinados a custeio e investimento. O restante será usado para programas de comercialização (R$ 2,6 bilhões) e seguro rural (R$ 600 milhões).

O presidente da CNA afirmou que o valor para o seguro rural “ainda está longe do tamanho da agricultura brasileira”. “Numa economia moderna, o seguro é tão ou mais importante que o próprio crédito (para custeio)”, disse. Ele defendeu que, se for possível avançar na expansão do seguro, é provável que a fonte de crédito resulte em ganho para o setor.

Martins ponderou ainda que as taxas de juros anunciadas estão “coerentes” com os pleitos, levando em conta as “novas circunstâncias” do País, e que o setor foi atendido com o plano.

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Vicente Delgado

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