Frango vivo paulista obtém primeira alta do semestre

A perspectiva de alta ontem aventada pelo AviSite de manhã (a análise foi ao ar bem cedo, logo depois das seis e meia) se concretizou antes do esperado

 

Pois ontem mesmo, 5, no fechamento dos negócios por volta do meio dia, a Jox Assessoria Agropecuária divulgava que, operando em mercado firme, o frango vivo negociado no interior paulista tivera seu preço básico reajustado para R$3,10/kg.

Essa é a primeira alta do corrente semestre, visto que o valor pago ao produtor paulista até anteontem – R$3,00/kg – não sofria alteração desde 25 de junho. Mas “não sofria alteração” em termos. Pois, nesse meio tempo, só o valor de referência permaneceu inalterado. Na prática, com um mercado variando entre fraco e calmo, a maioria dos negócios dos últimos 70 e poucos dias foi fechada com descontos que chegaram a 20 centavos.

Na prática, o reajuste ontem obtido não representou alta, apenas retorno à cotação que vigorou por curto espaço de tempo no primeiro decêndio de junho passado. Naquela ocasião, aliás, a alta de preço do frango não cessou nos R$3,10/kg, chegando aos R$3,20/kg, patamar no qual se manteve por cerca de duas semanas.

Mas – nunca é demais relembrar – esses valores somente foram alcançados porque o mercado sofreu temporário desabastecimento como resultado da greve dos caminhoneiros. E isto observado, não será errôneo considerar que a cotação atual é a mais elevada do corrente exercício.

Mais elevada, também, dos últimos 21 meses. O que sugere já terem sido registrados preços iguais ou superiores ao atual. Efetivamente: há passados dois anos, por exatos 99 dias (mais exatamente, entre 31 de agosto e 7 de dezembro de 2016), o frango vivo era negociado pelo mesmo valor ora registrado – R$3,10/kg.

Mas o pior, neste caso, é que as duas matérias-primas básicas do frango – milho e farelo de soja – estão, hoje, mais caras que há dois anos atrás. Ou seja: ainda há muito por recuperar, possibilidade que pode não ser muito remota. E uma boa indicação nesse sentido vem do índice de aumento ontem observado. Pois, no mercado paulista, cada reajuste obtido se limita, normalmente a cinco centavos. Como o desta quarta-feira foi de dez centavos, indica que a oferta se encontra bem mais ajustada do que se imagina. É o primeiro passo para novos reajustes.

Fonte: Avisite

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Vicente Delgado

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