Exportações: Faturamento em dólar sobe 6% no 1º semestre, segundo Cepea

O faturamento em dólar das exportações do agronegócio brasileiro iniciou 2017 em alta, segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP

 

No primeiro semestre deste ano, o faturamento em moeda norte-americana do setor subiu mais de 6% quando comparado ao mesmo período de 2016, atingindo US$ 48 bilhões. No entanto, quando convertido para Real, o faturamento recuou cerca de 9% no mesmo período, devido à apreciação da moeda brasileira.

O crescimento do faturamento externo (em dólar) foi assegurado pela elevação de aproximadamente 15% dos preços médios em moeda norte-americana no período, já que o volume exportado caiu quase 6%. Assim, o desempenho favorável das exportações no primeiro semestre se deveu à apreciação dos preços dos principais produtos exportados pelo País, com exceção do preço do grupo de papel e celulose.

A moeda nacional (Real) se valorizou frente às moedas dos parceiros comerciais mais importantes do Brasil. Com isso, a atratividade das exportações agrícolas se reduziu no primeiro semestre de 2017, assim como a competitividade dos produtos exportados pelo setor no mercado internacional.

No primeiro semestre de 2017, só cresceram (em volume) as exportações de soja em grão, óleo de soja, frutas, papel e celulose, açúcar e madeira. Embora os preços dos produtos exportados pelo setor tenham se apreciado no período, as vendas externas ficaram mais atrativas apenas para açúcar, carne suína e etanol, por conta da valorização do Real.

Para o segundo semestre deste ano, de acordo com pesquisadores do Cepea, espera-se um ambiente econômico interno mais favorável, o que pode contribuir para que o câmbio se mantenha estável, assim como a atratividade das exportações agrícolas e a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Do lado da oferta, após o clima desfavorável em 2016, que provocou perda significativa na safra de grãos; em 2017, as condições climáticas têm contribuído para que o País colha a maior safra de grãos de sua história. Desse modo, não deve faltar produto para que as exportações continuem crescendo em 2017. No segundo semestre, as atenções devem se voltar ao desenvolvimento da safra norte-americana e aos possíveis eventos climáticos que possam reduzir a oferta dos produtos agrícolas naquele país. Já do lado da demanda, a disposição dos nossos parceiros comerciais, principalmente dos asiáticos, em adquirir os produtos agro, parece se manter firme.

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Vicente Delgado

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