Exportação em alta sustenta o mercado da soja, confira!

Elevação dos prêmios de exportação reforça o ritmo das negociações e impede desvalorizações mais acentuadas da soja no mercado interno, mesmo com maior oferta e recuo do dólar

O mercado da soja encerrou a última semana com um fôlego renovado nas negociações, impulsionado principalmente pelo fortalecimento dos prêmios de exportação. A combinação de uma demanda externa aquecida e de uma movimentação mais intensa dos compradores internos elevou os valores dos prêmios pagos pela oleaginosa brasileira no mercado internacional, trazendo reflexos positivos para as cotações nos portos do país.

Com isso, os preços na modalidade Free on Board (FOB) avançaram nos principais terminais de exportação, como Santos e Paranaguá, conferindo ao produtor e ao setor de comercialização uma janela de oportunidade em meio a um cenário que vinha pressionando as cotações internas. Essa alta no mercado externo foi essencial para conter perdas mais severas no mercado spot brasileiro, onde o avanço da colheita e a oferta crescente tendiam a empurrar os preços para baixo.

Apesar desse respiro, o ambiente interno ainda apresenta fatores de pressão sobre o preço da soja. O dólar em queda continua sendo um dos principais vilões, reduzindo a competitividade da commodity brasileira e limitando o ímpeto de alta. Além disso, o avanço da safra 2023/24, com um volume robusto de grãos chegando ao mercado, amplia a oferta e reforça o cenário de pressão sobre os valores praticados nas principais praças produtoras.

Entretanto, mesmo diante desse panorama, algumas regiões do país registraram estabilidade ou até leve recuperação nos preços ao produtor, sustentadas justamente pela elevação dos prêmios e pela postura mais ativa de compradores internacionais.

A soja brasileira mantém-se como um dos principais focos de abastecimento global, favorecida pela demanda consistente de países como China e outros grandes importadores, que continuam atentos à competitividade da oleaginosa brasileira frente aos Estados Unidos.

O movimento da última semana reforça o papel estratégico do mercado externo na formação dos preços da soja no Brasil. Com a safra entrando na reta final de colheita e os volumes se consolidando, o foco do setor agora se volta para o comportamento da demanda global, dos prêmios de exportação e, claro, da volatilidade cambial, que seguirá como fator determinante para o rumo das cotações nas próximas semanas. Clique aqui e acompanhe diariamente o mercado agro.

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Dany Balieiro

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