EUA iniciam safra 25/26 de algodão sob alerta: queda histórica na área plantada leva alerta

Com apenas 5% da área estimada já semeada até 13 de abril, os Estados Unidos dão início à safra 25/26 de algodão enfrentando desafios significativos.

A redução expressiva de 11,76% na área destinada ao cultivo, em comparação à safra anterior, representa a menor extensão plantada desde 2016/2017. A migração de produtores para o milho, motivada por maior rentabilidade, somada aos impactos severos da seca nas principais regiões produtoras, como o Oeste americano, revela um cenário de alerta para o setor algodoeiro global.

Segundo o USDA, o ritmo do plantio está atrasado em 3 pontos percentuais em relação à média histórica e à safra passada, reforçando a preocupação com os impactos que esse desempenho poderá gerar nas próximas etapas da produção, bem como na oferta mundial da pluma.

Para o Brasil, esse cenário de retração no algodão norte-americano pode abrir importantes janelas de oportunidade. Com os Estados Unidos projetando a menor área plantada em quase uma década, a tendência é que a oferta global da pluma fique mais apertada, o que pode valorizar o preço da commodity no mercado internacional, favorecendo os exportadores brasileiros.

No entanto, essa oportunidade exige atenção estratégica: é essencial que os produtores brasileiros estejam atentos às movimentações climáticas, à logística de escoamento e à estabilidade de custos de produção para aproveitarem ao máximo o momento. Além disso, o setor têxtil nacional também deve observar com cautela a possibilidade de aumento nos preços, o que pode pressionar a cadeia produtiva como um todo.

Em meio a um cenário de mudanças climáticas e reposicionamento de culturas nos EUA, o Brasil tem a chance de fortalecer ainda mais sua presença no mercado global de algodão — desde que haja planejamento e agilidade na tomada de decisões.

Mercado Financeiro

  • Declínio: após queda no preço do petróleo devido à guerra comercial sino-americana, o poliéster apresentou desvalorização de 9,58% em relação à última semana;
  • Valorização: a paridade de exportação de dez/25 registrou aumento de 2,19% no comparativo semanal, motivado, principalmente, pela valorização do dólar;
  • Queda: os resultados do relatório de oferta e demanda mundial pressionaram os preços da pluma, e o contrato de dez/25 na Bolsa de NY exibiu recuo de 1,04% ante semana passada.

AGRONEWS É INFORMAÇÃO PARA QUEM PRODUZ

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Dany Balieiro

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