Estados alinham ações para o Plano Estratégico da Aftosa

Primeira reunião do Bloco V do Pnefa foi realizada entre os dias 19 e 21 de junho, em Cuiabá, MT

Representantes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina se reuniram entre os dias 19 e 21 de junho, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, MT, para a 1ª Reunião do Bloco V do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (Pnefa).

Foram realizados debates visando alinhar as ações para a retirada da vacinação do grupo, que será o último a parar de vacinar, a partir de maio de 2021. O Pnefa contém 102 ações a serem executadas no período de 10 anos, envolvendo a participação dos setores privado e público, o aperfeiçoamento das capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO), regionalização das ações, sustentação financeira, adequação e fortalecimento do sistema de vigilância, agilidade e precisão no diagnóstico, cooperação internacional e educação em saúde animal.

Na avaliação da presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Daniella Bueno, o encontro proporcionou aos estados integrantes do Bloco V, conhecer o trabalho que cada um tem desenvolvido. “A defesa agropecuária é única no país, mas existem particularidades em cada estado, principalmente nos estados do nosso bloco, em que todos têm fronteiras internacionais, e conseguimos identificar quão diferente é a fiscalização nessas fronteiras”. Em outubro, todos os estados deverão participar de um encontro nacional, que será para tratar apenas sobre a vigilância agropecuária nas áreas de fronteira.

Quanto aos investimentos, a presidente do Indea destacou o envolvimento do Governo do Estado no descontingenciamento do orçamento da autarquia, e a parceria do setor privado, por meio do Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa) e do Fundo Mato-grossense de Apoio à Cultura da Semente (Fase). “Temos muito a investir, e a iniciativa privada tem sido parceira do Indea. Contamos com os fundos para a execução das nossas atividades. Mato Grosso não está vulnerável, e vamos fortalecer cada vez mais a nossa vigilância”.

O diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, destacou o papel conjunto de todos os Estados em prol do plano. No entanto, ressaltou para a necessidade de assegurar boas condições para a prestação do serviço. “Temos que acompanhar de perto as situações das fronteiras e garantir que os investimentos forneçam a estrutura para que os trabalhos sejam feitos em casa uma das bases”.

Para o diretor do Departamento de Saúde Animal (DAS/Mapa), Guilherme Marques, foi muito proveitoso e permitiu o esclarecimento de muitas dúvidas. “O encontro proporcionou o envolvimento das autoridades estaduais, do setor privado, e principalmente a harmonização da estratégia para os próximos passos, e fecharmos o cronograma d as ações a serem realizadas por cada um dos atores”.

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal (DAS/Mapa), Guilherme Marques, com o fechamento do primeiro ciclo de reuniões dos blocos, é possível ver claramente o alinhamento e compromisso de todos os envolvidos na execução do Plano Estratégico.

“Fica evidente que é possível sim, avançarmos na mudança de status sanitário. Contamos com a participação do Panaftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa), uma organização internacional de referência no assunto perante a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), que tem dito que o Brasil tem condições de avançar, mas é obvio que temos deveres ainda a ser feito e é nisso que estamos nos debruçando para concluir”.

Mato Grosso faz divisa com estados que pertencem aos Blocos I, II e IV, e tem a possibilidade de ter zonas livres de febre aftosa sem vacinação, antes de 2021. Na próxima semana, será realizada mais uma reunião do Bloco I, onde teremos a definição se Mato Grosso entrará como zona no Bloco I.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um estudo semelhante será realizado em conjunto com o Pará, integrante do Bloco II, que tem previsão para a retirada da vacinação em maio de 2020. Só na região de fronteira com o Pará, são cerca de 10 municípios mato-grossenses, alguns com barreiras naturais que impedem o trânsito de animais, porém, a maioria com barreira seca e permeabilidade de trânsito. Após a conclusão dos trabalhos na região, o estudo será apresentado ao Mapa para avaliação.

Fonte: Acrimat

Share
Published by
Vicente Delgado

Recent Posts

  • Notícias

Líder global em RNA para agricultura, GreenLight Biosciences chega ao Brasil

A GreenLight Biosciences, empresa de biotecnologia pioneira em soluções baseadas em RNA para a agricultura,…

10 horas ago
  • Notícias
  • Previsão do tempo

Previsão do tempo: chuvas do verão não foram suficientes para repor o estoque de água no solo

Áreas mais críticas são o Pantanal, o Brasil Central e partes de MG, SP e…

14 horas ago
  • Curiosidades
  • Notícias

Bacalhau NÃO É um tipo de peixe! O que é então?

Essa revelação vai mudar a sua Páscoa! Se você sempre acreditou que bacalhau é apenas…

14 horas ago
  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Mercado do boi interno opera em faixa estreita, enquanto frigoríficos mantêm escalas enxutas

Preço da arroba do boi gordo segue estável em março, com resistência dos pecuaristas e…

15 horas ago
  • Mercado Financeiro
  • Notícias

Mercado do suíno enfrenta queda nos preços pelo 3º mês consecutivos

Preços do suíno seguem em queda, confira a seguir O mercado suinícola segue enfrentando um…

18 horas ago
  • Notícias
  • Previsão do tempo

Previsão do tempo: temporais deixam o Rio Grande do Sul em alerta

Acumulados de chuva podem chegar a 100 mm até amanhã (28) O estado do Rio…

18 horas ago