Em Mato Grosso, crescem 15,4% os abates de bovinos

O abate de bovinos em Mato Grosso cresceu 15,4% no 1o quadrimestre do ano em comparação ao mesmo período de 2017

 

O abate de bovinos em Mato Grosso cresceu 15,4% no 1o quadrimestre do ano em comparação ao mesmo período de 2017. De janeiro a abril foram abatidas 1,657 milhão de cabeças, contra 1,436 milhão no ano anterior. A utilização da capacidade frigorífica instalada também avançou, saindo de uma média de 49% em 2017 para 51% este ano. Os dados constam no boletim da Bovinocultura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na segunda-feira (21).

Em 2018, o Estado registra uma média mensal de abate de 414,4 mil cabeças, enquanto 2017 encerrou com uma média de 413,3 mil cabeças por mês. Luciano Vacari, diretor-executivo da Acrimat, argumenta que o aumento no volume de abates está relacionado ao reflexo da crise que prejudicou o setor entre os meses de março e abril de 2017. “Devido à Operação Carne Fraca, os 2 meses registraram o pior desempenho daquele ano e o mercado só foi completamente restabelecido no 2o semestre. Este ano, nos primeiros 3 meses houve aumento nas exportações, o que também contribuiu para este desempenho”, afirma Vacari.

O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo/MT), Luiz Antônio Freitas, argumenta que esses abates vêm sendo acompanhados de uma mudança em Mato Grosso, que é o aumento no número de abates de fêmeas e novilhos, que trará prejuízos futuros ao setor. De fato, o boletim do Imea indica uma evolução no percentual de abate de fêmeas entre 2017 e 2018. No ano passado, as fêmeas representavam 42,6% do universo de abates. Este ano elas são 51,8% do total.

“Isso é ruim para a cadeia de um modo geral, porque prejudica o rebanho quando há um abate muito disseminado de fêmeas, que pode significar uma redução no rebanho lá na frente”, explica. “A reabertura de plantas também gera preocupação porque as empresas não sobrevivem com 50% de utilização da capacidade de abate. Isso pode trazer transtorno para a indústria frigorífica que já tem trabalhado com a margem achatada”.

Fonte: Acrimat

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Vicente Delgado

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