Em maio carnes tiveram queda de preço marginal, aponta FAO

De acordo com a FAO, empurrados pelos laticínios, os preços dos alimentos – em alta desde o início do ano – apresentaram nova elevação em maio

 

No mês, o FFPI (sigla, em inglês, para o Índice FAO de Preços dos Alimentos) marcou 176,2 pontos (2002/2004 = 100 pontos), aumentando 1,2% em relação ao mês anterior e quase 2% em relação a maio de 2017 (172,9 pontos). Mesmo assim, os preços dos alimentos permanecem longe do recorde: já chegaram aos 240 pontos, índice registrado em fevereiro de 2011.

No tocante às carnes, especificamente, a FAO relata que sofreram baixa de preço marginal em comparação ao mês anterior. O índice de preço levantado – 169,6 pontos –representou queda mensal de, praticamente, meio por cento. Em comparação a abril de 2017 o recuo foi maior, de 1,8%.

A queda foi determinada pelas carnes suína e ovina, cujos preços recuaram 2,6% e 1,5% no mês. Ou seja: as carnes bovina e de frango registraram aumento de preço – de, respectivamente, 0,33% e 0,93%. Conforme o relatório, a redução de preço da carne suína foi determinada por uma queda nas importações chinesas, enquanto o menor preço da carne ovina decorre do fortalecimento do dólar americano.

Já em relação à carne de frango, embora relate aumento de preço (os dados são preliminares), a FAO ressalva que no final de maio ficou difícil monitorar o mercado devido aos problemas enfrentados pelo maior exportador mundial do produto, o Brasil.

Em outras palavras, quando os dados forem consolidados a elevação apontada para a carne de frango pode sofrer reversão. Já apontam nessa direção os dados divulgados pela SECEX/MDIC relativos ao preço médio alcançado pela carne de frango brasileira no mercado externo (gráfico abaixo).

Assim, enquanto o índice FAO (aqui igualado em 100 em janeiro de 2011) aponta incremento de 0,93% de abril para o maio, o índice estabelecido a partir do valor informado pela SECEX/MDIC para a carne de frango in natura exportada no mês indica queda de preço de 2,31%.

Ou seja: como o Brasil, na qualidade de maior exportador mundial, é o principal formador do Índice FAO para a carne de frango, já se pode contar com uma revisão para baixo do valor apontado pelo órgão da ONU.

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Vicente Delgado

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