O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira, sob influência de nova intervenção do Banco Central por meio de leilão de linha —venda com compromisso de recompra—, mas acompanhando a disputa comercial entre Estados Unidos e China e aguardando discurso do chairman do banco central norte-americano
Às 10:18, o dólar recuava 0,26 por cento, a 3,8666 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em queda de 1,04 por cento, a 3,8767 reais. O dólar futuro tinha queda de 0,25 por cento.
“Leilão de linha e exterior estão garantindo a queda do dólar, mas acho que o leilão aqui pesa mais. O BC está dando liquidez para o mercado nessa época de saída. A tendência é o dólar dar uma estabilizada ao redor de 3,70 reais até o final do ano”, disse o gerente de câmbio da corretora Ourominas, Mauriciano Cavalcanti.
Depois de subir 4,75 por cento em cinco pregões seguidos de alta, o Banco Central anunciou para a véspera leilão de 2 bilhões de dólares em linha, vendido integralmente, e outra oferta de 1 bilhão de dólares para esta quarta-feira.
“Se o dólar voltar para um patamar mais ‘normal’, o BC pode interromper esses leilões. Caso contrário, pode vir a fazer até diariamente”, disse Cavalcanti.
A autoridade também realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 12,217 bilhões de dólares.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No exterior, o ambiente está mais tranquilo neste pregão, depois que o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse na terça-feira que uma reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 é uma oportunidade para “virar a página” sobre a disputa comercial.
Dessa forma, ele suavizou as declarações dadas por Trump na véspera de que era “altamente improvável” que ele aceitasse o pedido da China para suspender o aumento das tarifas.
Os investidores também estão à espera dos dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA que, somados ao discurso do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, podem dar um indício mais claro sobre a trajetória de juros do país.
A preocupação com a desaceleração econômica mundial em meio ao ambiente comercial mais hostil tem levado os investidores a avaliarem que o banco central dos EUA pode ser mais sutil na trajetória de aumento de juros no país.
Se isso acontecer, esse movimento beneficiaria emergentes como o Brasil ao manter a atratividade desses mercados aos investidores.
“Caso o impasse entre os EUA e a China não chegue a nenhuma conclusão, a tendência de elevações mais pontuais de juros começa a perder força, na expectativa por uma atividade econômica com menor crescimento, dirimindo a necessidade do contínuo aperto”, escreveu a gestora Infinity em relatório.
À espera de Powell, o dólar rondava a estabilidade ante a cesta de moedas e operava misto ante emergentes, em queda ante o peso chileno e alta ante o rublo.
Fonte: Reuters
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