Depois da bagunça da pandemia, preços do agro ficaram mais conectados aos mercados financeiros

As cotações seguem fundamentos, mas os cenários macro influenciam cada vez mais, como no algodão em viés positivo; os grãos, embora estes reflitam outros setores; e o Brasil assiste cenário mais doméstico

Por Giovanni Lorenzon- AGRONEWS®

Enquanto os temores de inflação estão em segundo plano (ao menos temporariamente), nos Estados Unidos e Europa, e o sistema financeiro chinês se disse mais confiante em relação aos riscos sistêmicos na esteira da Evergrande e com Banco Central injetando liquidez (ao menos temporariamente), o mundo pode engatar uma marcha respirando mais aliviado.

Um dos sintomas é o petróleo em linha de alta e os derivativos agrícolas tendendo a ficarem no positivo, ainda que moderadamente entre alguns ativos.

Há e sempre haverá algumas influências de fundamentos específicos para algumas commodities – em momentos mais críticos -, mas o certo é que, em um mundo bagunçado pela pandemia e, agora, saindo dela, os mercados estão agro estão muito mais conectados que antes.

Especialmente, por exemplo, nesta fase de transição.

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Algodão depende mais dele

O algodão vai numa espiral bastante sustentável de alta, nesse impulso econômico em várias partes do mundo desenvolvido querendo comprar mais roupa que os chineses e outros asiáticos vendem a preço de banana.

Com o desbalanço projetado de oferta menor – menos no Brasil – que a demanda, os preços vão bem.

Atingiu as máximas de muitos anos em Nova York, acima de 111 centavos de dólar por libra-peso.

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Grãos são mais influenciáveis

Ao contrário do algodão, que depende só do apetite pelo uso praticamente único da fibra – vestuário -, os grãos sentem um pouco mais de volatilidade porque estão associados a setores mais indiretos.

Há o consumo humano, mas há o consumo animal e em biocombustíveis, portanto há um cruzamento de fatores.

Ainda assim, também ganha com as expectativas mais racionais dos mercados financeiros em viés positivo, amortecendo, um pouco, as variáveis de pressão de preços.

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Enquanto isso, no Brasil….

Há dias que o câmbio, no Brasil, está alinhado ao cenário no exterior.

Mas, no geral, o risco político-econômico interno, sempre pesará mais. E a alta do dólar está sempre em perspectiva, na contramão dos juros, que tendem a subir.

O real é a moeda mais volátil entre seus pares.

E dólar alto é positivo na troca por reais na exportação, ainda que gere um impacto nos custos e na inflação.

AGRONEWS® – Informação para quem produz

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Vicente Delgado

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