No mercado do milho os estoques seguem reduzidos e demanda impulsionam preços, veja mais informações a seguir
O mercado do milho segue aquecido, refletindo um cenário de oferta restrita e procura firme. Na maioria das regiões produtoras do Brasil, os preços do grão mantêm-se em ascensão, impulsionados pela conjugação de estoques limitados e elevada demanda. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa para Campinas (SP) alcançou patamares próximos de R$ 90 por saca de 60 kg no encerramento da última semana, um valor que não era registrado desde abril de 2022.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) evidenciam a escassez da safra atual. A temporada 2024/25 começou com apenas 2,04 milhões de toneladas de milho em estoque, quantidade inferior à projeção de 2,1 milhões feita em fevereiro e muito distante dos robustos 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24. Esse volume representa somente 2,4% da demanda anual do grão no mercado interno, que deve atingir 86,97 milhões de toneladas este ano.
A escassez de estoques tem sido um fator determinante para sustentar os preços elevados. Sem uma reserva suficiente para atender o consumo interno e a pressão exportadora, os compradores se veem obrigados a disputar os lotes disponíveis, contribuindo para a firmeza nas cotações.
O apetite do mercado pelo milho brasileiro continua elevado. A indústria de rações, que consome uma parcela significativa da produção, segue demandando grandes volumes do cereal para suprir o setor de pecuária intensiva. Além disso, o etanol de milho vem ganhando espaço no Brasil, ampliando a concorrência pelo insumo.
No mercado externo, as exportações brasileiras seguem aquecidas. O milho nacional continua competitivo, especialmente frente à quebra de safra em importantes produtores globais, como os Estados Unidos e a Argentina. Esse cenário reforça a manutenção dos preços em patamares elevados, tornando o milho um ativo estratégico para os produtores.
Perspectivas: preços seguirão elevados?
As previsões para o mercado do milho indicam que os preços devem permanecer sustentados no curto e médio prazo, especialmente se não houver uma reposição significativa dos estoques. A safra de inverno, conhecida como 2ª safra, será determinante para definir a tendência dos preços nos próximos meses.
Enquanto isso, os produtores buscam otimizar sua estratégia de comercialização, acompanhando de perto os movimentos do mercado e avaliando o melhor momento para vender seus estoques. No campo, a expectativa é de que condições climáticas favoráveis garantam bons rendimentos, contribuindo para um equilíbrio entre oferta e demanda no futuro próximo. Clique aqui e acompanhe diariamente o mercado financeiro.
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