Cresce participação do Sul na exportação de carne de frango

A despeito de enfrentar queda no volume embarcado e sofrer concomitante redução na receita cambial, a Região Sul brasileira – absolutamente hegemônica nas vendas externas do setor – fechou 2018 aumentando ainda mais sua participação nas exportações brasileiras de carne de frango

A variação de um ano para outro não tem grande expressão. Mas analisado um espaço de tempo mais amplo, se torna significativa. Assim, por exemplo, cinco anos antes, em 2013, os três estados do Sul responderam por menos de 72% do volume exportado naquele ano (perto de 3,892 milhões de toneladas no total). Como agora respondem por, praticamente, 80% do total, o ganho de mercado supera os 11%.

Considerado apenas o Centro-Sul do País, quem mais perdeu nesse processo foi a Região Centro-Oeste, pois sua participação sofreu redução superior a um terço. Ou seja: detinha 16,8% do total em 2013, índice que agora se encontra em menos de 11%. No Sudeste a perda foi de 18%, tendo recuado de 11,11% para 9,08%.

Como, nos EUA, os serviços públicos não-essenciais se encontram paralisados em decorrência dos desentendimentos entre Donald Trump e o Partido Democrata, ainda não se tem notícia de quanto o país exportou de carne de frango em 2018. É provável, no entanto, que o total exportado pelos três estados sulinos brasileiros tenha se igualado ou até superado o norte-americano (nos 12 meses encerrados em outubro/18 os EUA haviam exportado 3,180 milhões de toneladas do produto). Ou seja: juntos, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem ser o segundo maior exportador de carne de frango do mundo.

A registrar, no tocante aos dados da SECEX/MDIC, que, comparativamente a 2017, cinco novas UFs se integraram ao rol de exportadores – Acre, Alagoas, Amazonas, Maranhão e Rondônia – elevando de 18 para 23 o número de Unidades Federativas brasileiras que remeteram carne de frango para o exterior.

O curioso, neste caso, é que pelo menos duas dessas UFs (Maranhão e Alagoas) não possuíam abatedouros com SIF (não, pelo menos, até o terceiro trimestre de 2018, conforme dados do IBGE). Como só produtos “sifados” podem ser exportados, fica a indagação: de onde saiu a carne de frango exportada por essas duas UFs?

Fonte: Avisite

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Vicente Delgado

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