No compasso das mudanças climáticas que abraçam as principais regiões produtoras do café arábica no Brasil, os preços do grão enfrentam uma reviravolta significativa neste início de ano. A melhora nas condições climáticas, notadamente no Cerrado Mineiro, Sul de Minas e Zona da Mata mineira, desencadeou uma pressão baixista nas cotações, levando o tipo 6, bebida dura para melhor, a uma queda de 2,02% nos primeiros nove dias de janeiro de 2024.
A dinâmica climática está no epicentro dessa oscilação de preços. Chuvas mais consistentes proporcionaram um alívio bem-vindo para os cafeicultores. No entanto, esse benefício climático vem acompanhado de um desafio: a baixa liquidez interna. O mercado interno do café arábica está testemunhando negociações lentas, com muitos participantes ainda à margem do cenário spot.
O café tipo 6 encerrou em R$ 989,10 por saca de 60 kg na última terça-feira, 9, refletindo a pressão descendente dos últimos dias. Diante desse cenário, os especialistas apontam que a comercialização do café deve ganhar ritmo nas próximas semanas, à medida que vendedores e compradores ajustam suas estratégias diante das novas condições climáticas e do movimento no mercado do café.
Com a expectativa de que a comercialização do arábica retome sua cadência, a partir desta ou da próxima semana, os agentes do mercado do café estão atentos às oportunidades emergentes. A lentidão inicial pode ser substituída por uma atividade mais robusta, com produtores e compradores respondendo dinamicamente às mudanças recentes. A possibilidade de uma retomada nas negociações representa uma janela estratégica para os participantes do setor.
A oscilação nos preços do café arábica, impulsionada pela melhora do clima, evidencia a sensibilidade do mercado às condições atmosféricas. A expectativa é que, à medida que o cenário climático se estabilize e os participantes do mercado ajustem suas estratégias, a comercialização do grão ganha fôlego.
Na análise anterior vimos que, “Cafeicultores estão diante de um ano desafiador em 2024, com o clima sendo apontado como o grande obstáculo para a produção. A região Sudeste, epicentro da produção nacional, enfrentará temperaturas elevadas e chuvas irregulares, causadas, em parte, pela persistência do fenômeno climático El Niño até abril de 2024”. Clique aqui para ver esta análise na íntegra.
O presidente da Aprosoja-MT revela que há produtores colhendo menos de 10sc/ha e afirma que esta é ” A maior estiagem vivida pelos produtores em todos os tempos aqui em Mato Grosso“, afetando diretamente a produção no estado. Confira esta análise detalhada com Lucas Costa Beber.
A situação enfrentada pelos produtores de Mato Grosso na atual safra de grãos é preocupante, conforme temos divulgado aqui diariamente. Para entender melhor este cenário adverso, conversamos com o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, que gravou um vídeo especial para os produtores que acompanham o Agronews.
A estiagem intensa torna esta a maior preocupação dos produtores, com impactos significativos nos resultados esperados para a próxima safra. Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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