Em meio a tensões cambiais e expectativas energéticas, farelo e óleo de soja apresentam movimentos distintos no cenário internacional e nacional
Na última semana, o mercado internacional da soja foi palco de movimentações relevantes que colocam os biocombustíveis no centro das atenções. Nos Estados Unidos, a cotação do óleo de soja negociado na bolsa da CME Group avançou 1,33% em comparação à semana anterior, alcançando uma média de US$ 48,39 por libra-peso. A valorização reflete o otimismo do mercado com a possível definição dos novos mandatos de RVO (Renewable Volume Obligations), instrumento regulatório que define as metas de mistura de combustíveis renováveis.
Para 2025, projeta-se um volume ambicioso de 22,33 bilhões de galões, o que tem potencial para impulsionar a demanda por óleos vegetais como matéria-prima para biodiesel e outros biocombustíveis. O impacto é direto: maior procura nos EUA significa menor disponibilidade global, elevando os preços. Esse contexto coloca o setor agroindustrial brasileiro em alerta, especialmente os exportadores e processadores de soja, que veem oportunidades de valorização lá fora, mesmo em meio à instabilidade interna.
Enquanto o mercado internacional do óleo de soja reage positivamente às perspectivas energéticas dos EUA, o cenário brasileiro foi marcado por quedas relevantes nos preços dos coprodutos da oleaginosa.
Em Mato Grosso, principal estado produtor do país, as cotações do farelo de soja recuaram 1,31% na última semana, com o produto sendo negociado a R$ 1.718,21 por tonelada. O óleo de soja, por sua vez, também seguiu em baixa, com uma desvalorização de 0,87% e preço médio de R$ 5.909,00 por tonelada. Esse movimento de retração nos preços foi fortemente influenciado pela valorização do real frente ao dólar, o que torna os produtos brasileiros mais caros no mercado internacional, reduzindo a competitividade externa e pressionando os valores internamente.
Segundo analistas do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), essa dinâmica cambial tem afetado a rentabilidade de esmagadoras e exportadores, que se veem obrigados a reavaliar suas estratégias diante de um mercado global que, ao mesmo tempo que oferece boas perspectivas, impõe desafios cada vez mais complexos para o agronegócio nacional. Clique aqui e acompanhe diariamente o agro.
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