Mandioca de mesa, farinhas de vários tipos e fécula, que serve para diversas finalidades industriais. Poucos alimentos são tão versáteis quanto esta raiz, que ocupa posição central na cultura alimentar do brasileiro.
Por aqui produzimos muito. Somos o terceiro maior produtor mundial, com volume anual na casa dos 20 milhões de toneladas. Mas também consumimos bastante, de modo que sobra pouca coisa para exportar. Mas de tempos em tempos surgem janelas de oportunidade que fazem o setor voltar os olhos para o mercado internacional. O momento atual pelo qual passa a produção brasileira pode ser entendido como uma destas janelas, na visão de alguns representantes do setor. Desta maneira, concentrar esforços para abrir os caminhos no exterior pode ser uma boa estratégia.
As ações para transformar em resultados econômicos essa percepção de mercado foram discutidas em março deste ano, durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Buscamos alguma forma de apoio para exportação, tendo em vista que não temos tradição nessa área. E alguns mecanismos que devem ser bem dimensionados para não serem confundidos com subsídios”, relata o presidente do Sindicato Rural de Paranavaí e vice- -presidente da FAEP, Ivo Pierin, que participou da reunião.
Trata-se de uma tarefa importante, porém, difícil, uma vez que o mercado internacional da mandioca tem concorrentes ferozes, sendo o maior deles a Tailândia. O país asiático tem grande influência no mercado asiático, onde a China se firma como maior demandante global destes produtos. Para se ter ideia, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), em 2018 o Brasil exportou pouco mais de 4,5 mil toneladas de fécula (e importou outras 9,5 mil toneladas). Neste mesmo período, os tailandeses mandaram para o exterior quantidade superior a 2,8 milhões de toneladas do produto, 600 vezes mais que os brasileiros.
Além de produzir volume significativo, a Tailândia não consome mandioca internamente, de modo que a produção é praticamente voltada à exportação. “O clima [na Tailândia] é semelhante ao daqui. O diferencial é o custo da mão de obra, que no Brasil é um gargalo. Além disso, eles têm um controle governamental de plantio, de modo que conseguem definir melhor as políticas agrícolas de longo prazo”, observa o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Fábio Isaias Felipe.
Leia a matéria completa no site do Sistema FAEP/SENAR-PR.
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