O aumento – de 2,36% em relação a junho passado – não altera a marcha do produto no mercado internacional, visto que o valor atingido em julho de 2020 ainda ficou quase 19% aquém do registrado um ano antes, além de corresponder a uma desvalorização superior a 12% nos primeiros sete meses deste ano.
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Também não se altera a constatação de que, nos últimos 12 meses, a de frango foi a carne que sofreu maior desvalorização. Para comprovar, basta rápido olhar ao gráfico abaixo.
No ano passado, em julho, a carne de frango apresentava relação de preços muito próxima das carnes bovina e suína. Ou seja: comparativamente aos 100 pontos registrados no triênio 2014/2016 (nova base de preços da FAO), alcançava 102,05 pontos, contra 101,34 pontos da carne suína e 99,17 pontos da carne bovina. Dessa forma, o melhor desempenho, então, era o da carne de frango, com diferença a seu favor de 0,71 ponto percentual em relação à carne suína e de 2,88 pontos percentuais em relação à bovina.
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Essa situação começou a sofrer reversão ainda em 2019, mas se intensificou no decorrer de 2020. É verdade que os preços das outras duas carnes deram os primeiros sinais de retrocesso no decorrer de 2019 e, com isso, as três chegaram a julho com uma variação anual de preços negativa. Porém, frente à redução de 18,69% da carne de frango, a redução da carne suína (sem dúvida, favorecida pelo surto de peste suína africana) foi de 10,5% e a da carne bovina de apenas 1,05%.
Em síntese e comparativamente aos preços da carne de frango, a carne bovina reverteu seus 2,88 pontos negativos para 15,16 pontos positivos; e a carne suína (que há um ano perdia por 0,71 ponto percentual) agora tem a seu favor 7,69 pontos percentuais.
Embora possa não agradar, é oportuno notar que o Brasil, como principal exportador mundial da carne de frango, tem papel fundamental nessa (de) formação de preço. E a própria FAO mostra isso ao apontar que a tênue recuperação de preço observada em julho passado foi reflexo de cortes na produção brasileira, ocasionados pelo aumento de custos mas, também, pela indefinição do mercado frente à pandemia de Covid-19.
Por Avisite
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