O mercado internacional de café teve um mês de maio de altas nas cotações internacionais. Os preços do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), que baliza a comercialização mundial, dispararam e no Brasil as cotações acompanharam o movimento no mercado físico ao produtor. A apreensão com o clima seco no Brasil, com vistas à de 2022, catapultaram os preços.
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As chuvas seguiram preocupantemente insuficientes ao longo do mês de maio no cinturão cafeeiro do Brasil. E os boletins meteorológicos, mesmo indicando mais chuvas para os últimos dias de maio, apontam um volume acumulado abaixo do esperado. “Esse ambiente climático reforça a ideia de quebra de safra e traz nervosismo ao mercado”, como afirma o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach.
Greves e paralisações na Colômbia prejudicaram o fluxo de embarques da 2ª principal origem mundial de arábica e a principal de suave, o que contribuiu para os avanços vistos para o café, sobretudo na segunda metade do mês. “O foco do mercado seguirá no clima e na evolução da colheita do Brasil. O retorno das chuvas e um bom andamento da safra brasileira 2021 tendem a tirar um pouco de força do mercado. Já o prolongamento da estiagem e um andamento lento e problemático da safra brasileira 2021 reforçam os sinais de alta”, comenta.
No balanço de maio na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o contrato julho do arábica acumulou valorização de 9,8% até o fechamento do dia 27, tendo fechado abril em 141,45 centavos de dólar por libra-peso, e no dia 27 de maio em 155,35 centavos. Em Londres, o contrato julho do robusta subiu no mesmo comparativo 4,2% no mês.
Já no mercado físico brasileiro de café, as cotações também subiram bem, acompanhando os ganhos externos, embora o dólar no balanço mensal tenha caído no comercial 3,2% até o dia 27. Segundo Barabach, os negócios andaram pouco em maio, apesar da melhora nas cotações. “Prevalece o receio produtivo e a aposta em preços mais altos por conta de uma quebra ainda maior na safra brasileira”, avalia.
No balanço de maio até o dia 27, o café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais, com 15% de catação subiu 7,8%, passando de R$ 770,00 para R$ 830,00 a saca na base de compra. O conilon tipo 7, em Vitória, Espírito Santo, no mesmo comparativo, avançou 3,4%, passando de R$ 445,00 para R$ 460,00 a saca.
Por Lessandro Carvalho – Agência Safras
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