Queda na produção na América do Sul vai favorecer o Brasil, conclui relatório divulgado nesta segunda-feira (16).
O Brasil ultrapassará os Estados Unidos como terceiro maior fornecedor de óleo de soja do mundo no período da safra de 2017 e 2018, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgado nesta segunda-feira (16).
O estudo mostra que, apesar da maior produção da commodity em território brasileiro, outros países da América do Sul sofrerão uma queda na safra de 2018/2019 devido ao clima desfavorável. O recuo de cerca de 9% no continente será puxado por severas perdas na Argentina, Paraguai e Uruguai, segundo a FAO.
“Na Argentina, terceiro maior produtor de soja do mundo, o rendimento médio caiu para o menor nível nos últimos seis anos e a produção total para o nível mais baixo dos últimos nove anos. No Brasil, por outro lado, os aumentos na área plantada e as condições quase ideais de crescimento elevaram a produção a níveis sem precedentes”, diz o relatório.
Liderança na produção de soja
Quanto à produção da soja, o EUA deverão ter neste ano uma safra de soja menor que a do Brasil, marcando a primeira vez em que os brasileiros aparecerão no topo da produção global da oleaginosa, segundo as projeções oficiais.
A produção dos EUA deverá atingir 116,48 milhões de toneladas de soja neste ano (ano-safra 2018/19), segundo o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), que estima a produção do Brasil em 2018 (já colhida) em 117 milhões de toneladas.
Na safra que os EUA vão plantar e colher neste ano, a expectativa do USDA é de que a área colhida de soja caia 1,45% na comparação anual, para 88,2 milhões de acres (35,7 milhões de hectares), enquanto no ciclo já colhido no Brasil a área atingiu cerca de 35 milhões de hectares, segundo o governo.
Fornecimento de carnes e farinha
O relatório também prevê que o Brasil seguirá como o maior fornecedor mundial de carne de aves e farinha do mundo.
A expectativa é de que o Brasil venda 7% a mais de carne aos mercados internacionais do que em 2017, firmando-se como maior exportador mundial de carne bovina. “O Brasil pode ter uma contração de 34% na produção de carne suína em 2018, contudo, deve continuar sendo o maior exportador de carne de frango do mundo”, diz a FAO.
No caso da farinha, as perdas climáticas na Argentina devem favorecer o Brasil, conclui o estudo. As exportações devem crescer 17%, consolidando a posição do país como principal fornecedor mundial, à frente dos Estados Unidos.
Fontes: Conab, USDA, Aprosoja Brasil
Abril: como será o clima no Brasil? A previsão do tempo indica chuvas concentradas no…
No mercado do boi, arroba da vaca gorda esboça recuperação em março, mas segue pressionada…
Poder de compra do avicultor bate recorde em relação ao farelo de soja, apesar da…
Salas de banho, conforto térmico e bem-estar animal são alguns dos segredos para produção de…
A GreenLight Biosciences, empresa de biotecnologia pioneira em soluções baseadas em RNA para a agricultura,…
Áreas mais críticas são o Pantanal, o Brasil Central e partes de MG, SP e…
This website uses cookies.