Não é todo dia que se escreve um novo capítulo na história da pecuária brasileira. Mas foi exatamente isso que aconteceu nesta quinta-feira, 29 de maio de 2025, quando o Brasil recebeu o reconhecimento oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como país livre de febre aftosa sem vacinação. A notícia veio direto de Paris, durante a 92ª Assembleia da entidade, coroando anos — ou melhor, décadas — de esforço coletivo, investimento pesado e, acima de tudo, compromisso com a sanidade animal.
Mato Grosso, dono de um rebanho que ultrapassa 34 milhões de cabeças, teve papel de protagonista nessa conquista. Representantes do estado estiveram presentes no evento, acompanhando de perto o anúncio histórico. A Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso) fez questão de ressaltar que, mais do que um reconhecimento sanitário, esse feito representa segurança econômica e novas portas se abrindo para os milhares de produtores que vivem, literalmente, do suor do campo.
Para quem olha de fora, pode até parecer que esse tipo de conquista surge de uma canetada. Longe disso. A história da luta contra a febre aftosa no Brasil começou lá pelos anos 1960, quando surgiram as primeiras campanhas estaduais de vacinação obrigatória. E a caminhada foi cheia de altos e baixos: surtos isolados, desafios logísticos e até desconfiança internacional quanto à capacidade sanitária do país.
A virada começou em 2017, com o lançamento do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), uma estratégia ambiciosa que estabelecia 2026 como o prazo para o Brasil conquistar o status sem vacinação. Mas o ritmo acelerou. Com planejamento rigoroso, veterinários capacitados e o apoio decisivo dos estados — especialmente na Região Centro-Oeste — a meta foi atingida antes do previsto.
O caminho foi pavimentado com marcos importantes:
Muito mais do que um título bonito para os discursos oficiais, essa conquista tem efeitos diretos sobre a economia e a reputação do Brasil no comércio internacional:
O Brasil agora integra um clube seleto de países com o mais alto status sanitário do planeta. Isso significa maior confiança dos parceiros comerciais e novas oportunidades para o agronegócio. Para Mato Grosso, o impacto é ainda mais expressivo. Líder na pecuária nacional, o estado consolida-se como exemplo de gestão sanitária e responsabilidade coletiva.
No fim das contas, essa vitória é de todos: dos mais simples pecuaristas que cuidam de meia dúzia de cabeças até os grandes confinadores que exportam para o mundo inteiro. É prova de que, quando o setor se une em torno de um objetivo claro, o resultado aparece — e faz história.
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